A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta sexta-feira (2), mandados de busca e apreensão contra integrantes de um grupo identificado pela PF como neonazista.
A investigação aponta que os membros compartilhavam, por aplicativo de mensagem, material de extremismo violento com vídeos de mortes, divulgação de tutoriais de assassinato, fabricação de artefatos explosivos; além de promoção de ódio a minorias.
De acordo com as investigações, dois integrantes do grupo enviavam as postagens com conteúdo violento ao jovem apreendido em 2022 depois de invadir escolas e matar quatro pessoas em Aracruz, no Espírito Santo.
A investigação demonstrou que os arquivos com o conteúdo de extremismo violento pode ter induzido o menor a cometer os assassinatos em massa.
“Ademais, o uso da cruz suástica na vestimenta do menor no momento do ataque demonstra a influência de ideologia neonazista recebida pelo grupo de aplicativo, reforçando a tese de que o atentado foi cometido por razões de intolerância a raça, cor e religião com o fim de provocar terror social, o que configura o crime de terrorismo”, aponta a PF.
As medidas desta sexta-feira foram cumpridas na cidades de São Paulo (SP) e Petrolina (PE).
Os investigados podem ser condenados a até 72 anos de prisão pelos crimes de terrorismo e homicídio qualificado – se comprovado que o adolescente foi induzido.
O ataque a duas escolas deixou quatro mortos e outros 13 feridos em Aracruz no dia 25 de novembro do ano passado. A investigação apontou que o crime foi planejado por dois anos e que o adolescente, de 16 anos, usou duas armas do pai, um policial militar. Ele havia estudado na escola.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o jovem invadiu a escola estadual com uma pistola e fez vários disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois, foi até a sala dos professores. Na unidade, duas professoras morreram.