A influenciadora Caroline Santos, esposa do cantor Frank Aguiar, revelou que ficou dez dias na UTI após ter sido diagnosticada com Síndrome de Stevens-Johnson.
À CNN Rádio, no Correspondente Médico, o dermatologista e professor da UFMG Lucas Campos explicou que a doença é uma farmacodermia.
Ou seja, uma reação medicamentosa, que é classificada como “ameaçadora da vida”, já que leva o paciente ao risco de morte.
“Ela se manifesta a partir dessa reação imunológica a um medicamento, que pode ser de vários tipos.”
Entre os remédios mais associados à doença estão anti-inflamatórios e anticonvulsionantes.
A condição acomete grande extensão do corpo, e se inicia 6 dias, em média, depois da medicação.
“Os sintomas começam com febre e mal-estar, parecido com gripe”, disse.
No entanto, eles evoluem para “lesões cutâneas avermelhadas e dolorosas”, na boca, além das mucosas nasal, ocular e genital.
“Conforme há a progressão, a pele se destaca, toda a camada superficial, chamada epiderme.”
Nos casos mais agudos, as lesões atingem outros órgãos, o que aumenta a mortalidade.
O médico ponderou, no entanto, que “a doença é muito rara e necessita do acúmulo de fatores de risco”.
“O organismo tem que ser suscetível à droga por questão genética e a pessoa tem de estar com metabolismo favorável à lesão, por exemplo”, disse.
Por esse motivo, da série de fatores que envolvem o desenvolvimento da síndrome, “não é possível predizer quem vai ter a doença”, que pode se manifestar em pessoas saudáveis.
O tratamento é a suspensão de todas as drogas, além de o paciente ser tratado como uma vítima de grandes queimaduras.
“Eles perderam barreiras que servem tanto para proteger do meio externo, como bactérias, quanto aquelas que impedem a perda de substâncias corporais importantes como água, eletrólito e proteínas”, completou.
*Com produção de Bruna Sales