O Dia Internacional da Pessoa Não-Binária é comemorado em 14 de julho.
A não-binariedade, basicamente, se refere a pessoas que não se identificam nem 100% como homem, nem 100% como mulher.
À CNN Rádio, no CNN Plural, a pessoa não-binária e analista de diversidade no Alicerce Educação Luê Stracia avaliou que houve avanço no Brasil.
“Em alguns debates, como a definição no RG sem gênero masculino e feminino para alguns estados”, disse.
Ao mesmo tempo, porém, “em outros pontos estamos atrasados, como a linguagem neutra.”
A linguagem neutra se refere à utilização de pronomes como elu/delu, ao invés de ela/dela e ele/dele.
“Ainda tem muito estigma do que é uma pessoa não-binária, e diminui a existência, por estar nesse limbo entre uma coisa e outra, nem mulher e nem homem, e parece que não existe essa identidade”, disse.
Luê lembrou também que “pessoas trans e não binárias não são iguais em tudo.”
A questão dos pronomes é importante para pessoas não-binárias, e Luê defende que ter “outras pessoas pensando sobre identidade de gênero é importante e isso não acontecia dez anos atrás”.
*Com produção de Bruna Sales