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Por SP, Boulos deve modular discurso em aceno à classe média alta
Ideia é que, já na pré-campanha municipal, o deputado federal do PSOL não faça um discurso apenas focado na periferia, mas que também contemple demandas dos bairros mais ricos
13/07/2023 10h53
Por: Tribuna Popular Fonte: CNN
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados - O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) durante comissão sobre o Minha Casa, Minha Vida.

Com o aceno de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSOL iniciou discussões e estudos para modular o discurso do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a disputa, no ano que vem, à prefeitura de São Paulo.


A ideia, segundo relatos feitos à CNN, é tentar diminuir a resistência do pré-candidato de esquerda junto à classe média alta, adotando um discurso que também atenda à demanda dessa parcela do eleitorado.


Segundo análise feita pelo partido, hoje, o eleitorado de classe média alta da capital paulista tem como principais demandas a melhora na segurança, no transporte e na zeladoria da cidade.


A ideia é que, já na pré-campanha municipal, Boulos não faça um discurso apenas focado na periferia, mas que também contemple demandas dos bairros mais ricos, criando um discurso de que é o candidato de todas as classes.


Hoje, pesquisas internas feitas pelos partidos de direita e de esquerda apontam Boulos como favorito. Na capital paulista, diferentemente do estado de São Paulo, o vencedor na campanha presidencial de 2022 foi Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.


O PSOL também discute como Boulos deve tratar o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa municipal. O partido tem avaliado que, apesar de ser um dos maiores críticos do ex-mandatário do Palácio do Planalto, seria melhor a Boulos terceirizar os ataques.


Isso porque, segundo dirigentes da legenda, um discurso mais combativo pode afastar eleitores de classe média que votaram em Bolsonaro, mas criticam a gestão passada.


Em busca do apoio do PL, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, tem se associado a Bolsonaro e ao governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos.