Poucos minutos antes do início do julgamento dos três acusados pela morte do estudante Matheus Coutinho Xavier, a defesa dos réus ainda mantém sob sigilo os argumentos que serão usados para evitar a condenação. Em consenso, apenas de que irão alegar inocência. Na assistência de acusação, está a mãe de Matheus, a advogada Cristiane de Almeida Coutinho, que também está no plenário.
Alexandre Alves Padilhas representa o policial aposentado Vladenilson Daniel Olmedo e não quis especificar o que será usado para tentar convencer os jurados, apenas que será “no decorrer do júri”.
Eugênio Malavasi, que representa Jamil Name Filho, preferiu não comentar como será a estratégia de defesa e que a expectativa é que aconteça o julgamento, indicativo de que não haverá qualquer argumentação para suspender o júri. Colega na empreitada, Nefi Cordeiro somente comentou que este é o primeiro julgamento que enfrenta depois de ter se aposentado do STJ (Superior Tribunal do Júri).
Cristiane de Almeia não quis falar com imprensa. Por mensagem, dias atrás, comentou por mensagem que "espera que a Justiça se faça presente".
Matheus Coutinho Xavier foi morto aos 19 anos, no dia 9 de abril de 2019, quando manobrava o carro do pai, no Jardim Bela Vista. A investigação apurou que o crime foi encomendado por Jamil Name e Jamil Name Fiho, mas que o alvo era o pai do jovem, o ex-policial Paulo Roberto Teixeira Xavier.
O nome de Jamil Name foi retirado do processo após a morte, por covid, em maio de 2020.
Além de Jamilzinho, fazem parte da lista de acusados o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial aposentado Vladenilson Daniel Olmedo. O processo foi desmembrado para Juanil Miranda, foragido. O outro acusado, José Moreira Freixes, o Zezinho, foi morto em troca de tiros, em dezembro de 2020.