A efetividade da Lei Seca que começa nesta quarta-feira (12) e termina no domingo (16) em Campo Grande passará por uma reavaliação após esse período, informou o prefeito Marquinhos Trad (PSD) ao Jornal Midiamax. O objetivo da medida é reduzir o índice de internações para diminuir o porcentual de leitos ocupados. É uma forma de melhorar o enfrentamento à pandemia do coronavírus (Covid-19).
Durante a vigência do decreto que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e de acesso ao público, a taxa de internações será monitorada. “Vamos aguardar a chegada do dia 16. Até lá vamos monitorar diariamente como está o percentual da ocupação dos leitos. Mas adianto que tem caído a cada dia que passa, graças a Deus”, declarou o prefeito.
Ainda conforme Marquinhos Trad, a efetividade da medida será reavaliada após o período de cinco dias. “Na próxima semana, vamos sentar com eles [Ministério Público e Defensoria Pública) para ver o resultado desses cinco dias”, informou.
A medida foi adotada considerando que bebidas alcoólicas e direção de veículos é uma das principais causas de acidentes em Campo Grande. Além disto, estes acidentes colaboram para a superlotação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) da Capital.
O novo decreto foi elaborado após reunião com o MPE (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). O prefeito informou que está é “uma das medidas decididas pelo juiz e do MPE e Defensoria para que não tenhamos medidas mais restritivas como lockdown”.
Assim, a medida foi tomada “atendendo a acordo judicial, após pedido da Defensoria por lockdown”. A Defensoria Pública pediu o lockdown de 14 dias na Capital, argumentando que as medidas atuais de controle do coronavírus não vêm surtindo efeito, já que a cidade teve aumento considerável no volume de infectados ao longo das últimas semanas e está com a capacidade de internações em leitos de UTI próxima do limite.
Entretanto, a Prefeitura de Campo Grande descarta a aplicação do lockdown total. A gestão avalia que a medida pode trazer sérios prejuízos ao mercado de trabalho e sustentação das empresas. Assim, considera que os decretos expedidos nos últimos meses são suficientes para evitar um colapso da pandemia na Capital.
O decreto possui dois artigos:
O primeiro diz que “no período compreendido entre 12 a 16 de agosto de 2020, fica proibido o consumo de bebidas alcoólicas nos locais de venda, bem como nos espaços públicos e de acesso ao público”.
O segundo revoga um ponto de decreto do dia 30 de julho que permitia o consumo em lojas de conveniência.
O prefeito ressaltou que “não precisa fechar o bar, podem vender sim. Só não poderá consumir no local”.
A medida vale para todos os tipos de estabelecimentos comerciais: bares, lanchonetes, restaurantes, conveniências e outros.
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