A Fafá nasceu em Belém, capital do Pará, mas na noite de quarta-feira (23) foi Fafá de Bonito – um dos principais destinos do ecoturismo brasileiros. Todos os dias, ela também é Fafá do Brasil. Uma das principais cantoras da música popular brasileira abriu o Festival de Inverno com elogios à efervescência cultural do evento e às belezas naturais do município sul-mato-grossense.
No Palco das Águas, abriu o espetáculo com a música Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, passeou por diversos estilos populares, incluindo o sertanejo e a MPB, e esbanjou simpatia em um show que, segundo ela, foi feito para o público, sem um roteiro definido, mas escolhendo as músicas conforme a reação das pessoas, que se emocionaram com a voz afinadíssima da intérprete.
Antes de subir ao palco, Fafá de Belém havia conversado com a imprensa em um bate-papo com direito a uma risada marcante e simpática, que o Brasil aprendeu a amar. “É fundamental (ter festivais culturais como o FIB), o Brasil está se reencontrando com os seus artistas e com a sua música. Nós deixamos de ser marginais (risada) e quanto mais a gente fizer o brasileiro viajar pelo País, mais importante será para cada município, para cada Estado, a descoberta do Brasil pelos brasileiros. O Brasil é fabuloso, tem todos os encantos, todos os biomas”, afirmou a artista.
Apesar de ter nascido em um lugar de belezas sem igual, Fafá contou ter ficado encantada com as belezas bonitenses, uma verdadeira inspiração. O território paraense é coberto pela maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, enquanto Bonito integra o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, sendo um dos destinos mais premiados do País. Em sua primeira visita a Bonito, Fafá contou ter passado o dia admirando a natureza sul-mato-grossense, mergulhando e apreciando os peixes. “Queria muito vir a Bonito. Que benção de Deus é essa cidade!”, exclamou.
Com 30 álbuns gravados e 15 milhões de discos vendidos, Maria de Fátima Palha de Figueiredo, 67 anos, passeia como ninguém por estilos musicais como o fado, influenciado pelos pais portugueses, e por sons bem brasileiros como o sertanejo e a música romântica. Ela é cantora, compositora, atriz e multi-instrumentalista.
A secretária Rosana Bandinelli chegou horas antes do show principal com as amigas para guardar o melhor lugar, bem em frente ao palco. Elas levaram até cadeiras de praia para apreciar o show. “Eu vim por conta da Fafá. Gosto muito dela. Moro aqui em Bonito há dois anos e meio e acho muito importante esse festival. Esse ano, principalmente, está maravilhoso! É uma oportunidade de conhecer os cantores”, contou.
Outra que chegou cedo foi a bonitense Darci Gomes da Silva, de 74 anos, que foi ao show com a filha. Ela também levou uma cadeira de praia para ficar acomodada em frente ao palco. Darci mostrou que a idade não é um obstáculo para aproveitar as apresentações. “Estou animada”, resumiu.
Canta Bonito
Antes da apresentação de Fafá, o Palco das Águas recebeu os artistas do projeto Canta Bonito: Kalu Carvalho, Lorran Dias, Evelyn Mollmann, Isac Trelha, Marcos Vinicius e Gabriel Soares. Assim como Fafá faria na sequência, eles viajaram por diversos ritmos musicais, com direito a verdadeiros hinos sul-mato-grossenses, como Trem do Pantanal, de Paulo Simões e Geraldo Roca. A primeira noite valorizou os artistas regionais e a pluralidade da música brasileira, em meio à natureza.
Paulo Fernandes, Ascom FIB 2023
Fotos: Saul Schramm
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