O crescimento expressivo do número de carros, carretas, motos e caminhões na BR-262 faz com que os motoristas tenham atenção redobrada no trânsito. A rodovia é chamada de 'Rota da Celulose' e o movimento aumentou consideravelmente por conta da instalação de grandes fábricas do setor na cidade de Três Lagoas, além de outras duas unidades em construção nos municípios de Ribas do Rio Pardo e Inocência. (Veja o vídeo acima)
De acordo com a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo, entre 6 e 7 horas da manhã, circulam no Trevo do Boi, o principal acesso ao município, mais de mil veículos diariamente. A assistente administrativa Daiana Marques percorre todos os dias mais de 200 quilômetros para ir e retornar do trabalho, que fica em Ribas do Rio Pardo. Isso porque a falta de moradia no município, faz com que Campo Grande, a 97 quilômetros, seja alternativa diante do mercado imobiliário saturado, onde os valores de aluguéis dispararam.
Quem passa pela rodovia, que agora corta a área urbana de Ribas, vê que o trecho se tornou uma grande avenida. É possível avistar pela BR-262 alojamentos, incremento da rede hoteleira e até mesmo hotel contêiner.
“É impressionante como as coisas mudaram nos últimos dois anos. Eu morei em Ribas por três anos, mas o preço do aluguel quadruplicou e atualmente compensa mais ir e voltar de Campo Grande. É muito cansativo e perigoso, mas a única alternativa”.
O técnico em radiologia, Alcineide Teixeira, percorre todos os dias mais de 200 quilômetros para ir e retornar do trabalho, que fica em Ribas do Rio Pardo. Ele realiza exames admissionais e periódicos de pessoas que chegam para trabalhar no município. “Vou e volto todo dia pra casa que fica em Campo Grande. Com o tempo a gente se acostuma, mas dependendo do horário é preciso ter muita paciência com a quantidade de carro, carreta e caminhão”.
Ao g1, o prefeito da cidade, João Alfredo Danieze (PSOL), explicou que a duplicação da BR-262 é apontada como solução para o fluxo intenso de veículos.
“O fluxo de veículos aumentou significativamente nos últimos anos. Desde 2017 a duplicação do perímetro urbano está em discussão, mas não saiu do papel. Estamos tentando agilizar isso junto ao Dnit.
O fluxo é muito grande e sabemos que a BR não é utilizada apenas para o transporte do minério de ferro que vem de Corumbá, mas também para todo madeiramento de fábricas que existe em Três Lagoas”.
O trânsito na BR-262, que liga Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, é assunto do último episódio da série de reportagens do MS2. A produção mostra, em 3 episódios, os desafios da chegada da nova fábrica de celulose da Suzano no município.
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