Membro de uma quadrilha especializada em furtos de camionetes, identificado somente como "Agostinho", morreu durante confronto, segundo o Batalhão de Choque. A troca de tiro ocorreu na noite deste domingo (1), na Rua Brasília, esquina com a Avenida Duque de Caxias, no Jardim Imá, em Campo Grande. Cinco homens que também integravam o grupo criminoso foram presos.
De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 22h, os cinco homens foram presos em uma casa no Bairro Santo Antônio. Na residência, a polícia encontrou duas pistolas, um colete a prova de balas, além de um carro Voyage, uma Ford Ranger e um Hyundai HB20. Os bandidos usavam os veículos para praticar os crimes. Também havia no local diversas placas adulteradas de modelos similares aos veículos que eles furtavam e ferramentas utilizadas no crime.
Durante a prisão, um dos integrantes informou para a polícia que Agostinho estava em um HB20, na Rua Brasília. A equipe foi até o local e ao desceram da viatura pediram para que o bandido saísse do veículo, momento em que desceu armado, apontando em direção à guarnição.
Para conter o criminoso, um policial atirou contra Agostinho. O homem foi socorrido, mas morreu na Santa Casa.
No assoalho do carro, a perícia encontrou um revolver calibre. 38, com seis munições intactas e duas placas de veículo embaixo do banco, que eram de uma Hilux de Corumbá, com registro de furto em Campo Grande, no dia 11 de março deste ano.
A quadrilha vinha sendo monitorada desde dezembro de 2022. Eles eram especializados em furtar camionetes Toyota Hilux e SW4 de modelos novos. Desde o início das investigações, a polícia identificou que o grupo já havia furtado mais de 20 veículos.
No dia 16 e 17 de setembro a quadrilha furtou camionetes na cidade de Terenos, mas os veículos foram recuperados no 19, eles estavam estacionados em frente ao Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Os criminosos utilizavam aparelhos codificadores para ligarem as camionetes e na casa da Rua dos Caiuas, no Bairro Santo Antônio, eles faziam a troca de placas de identificações dos veículos.
Atuação - De acordo com informações passadas por um dos integrantes do grupo, Agostinho era o mandante da quadrilha. Ele estava morando em Campo Grande há 15 dias e havia alugado a casa onde eles atuavam usando documento falso.
Os bandidos são da cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Um dos criminosos revelou que é funcionário de uma empresa de venda de proteção e rastreio veicular. Ele tinha habilidade em abrir os carros e codificar as chaves.
Agostinho e outro comparsa eram os responsáveis por selecionar os veículos e os outros integrantes conduziam os carros até a cidade de Corumbá, fronteira com a Bolívia.
Os motoristas negociavam os veículos pelo valor de R$ 30.000 mil e que o pagamento era feito via PIX. Após receberem os referidos valores, dividiam em partes iguais.