O CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), Anderson Silva Nogueira, de 34 anos, afirmou à polícia que reagiu após ter a casa invadida e ser atacado a tiros pelo "conhecido de longa data" Octavio Cardoso Domingos, de 38 anos, que acabou morto na noite desta quinta-feira (5), no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.
De acordo com as informações que constam em boletim de ocorrência policial, Anderson contou que conhecia Octavio de longa data, inclusive, a vítima já tinha prestado serviços a ele. Também tinham hábito de beber juntos, jogavam sinuca e se divertiam na casa de Anderson. Nunca, segundo o colecionador, houve desentendimento entre os dois.
Contudo, na noite de ontem, Anderson conta que o "amigo" chegou por volta das 17 horas em uma caminhonete azul. Ele reconheceu Octavio e, como de costume, como descreve o boletim, abriu o portão de elevação da casa e foi ao encontro do amigo. Naquele momento, Octavio apontou duas armas para ele.
Segundo Anderson, o amigo disse: "o bichão, bichão, vou fazer uma coisa agora que não tem mais volta e não adianta correr não porque senão vai ficar pior (sic)". Anderson informou que, conforme ia se afastando, disse para Octavio não atirar porque não tinha motivos para agir daquele jeito.
Então, relata o colecionador, virou de costas e correu pra porta dos fundos, que dá acesso ao interior da residência. Anderson conseguiu entrar e disse que trancou a porta, momento em que Octavio passou a efetuar vários disparos pela porta e janela. O colecionador conseguiu ir até o guarda-roupa e pegar sua arma, revidando os disparos e acertando o amigo.
Octavio não resistiu e morreu no local. Próximo ao corpo dele foram encontradas duas armas de fogo, que foram apreendidas pelas equipes da perícia e Polícia Civil. O boletim não descreve se Anderson foi preso, mas ele também teve a arma de fogo apreendida. O caso é apurado pelas autoridades.