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Após queda de bebê de 3º andar, avó manifesta interesse na guarda de crianças
Na terça-feira, bebê caiu de prédio enquanto era cuidado pela irmã, de 7 anos
14/12/2023 11h08
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
- Fita zebrada em frente ao prédio de onde bebê caiu. (Foto: Osmar Daniel)

Após a queda de uma bebê de 4 meses do terceiro andar de um prédio, no Condomínio Residencial CH8, localizado no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, a avó procurou a polícia com interesse na guarda. Além da bebê, havia outras duas crianças no apartamento, um menino de 3 anos e uma menina, de 7, que estava cuidando dos irmãos mais novos.


A avó procurou a polícia e afirmou ser mãe adotiva da genitora das crianças. Ela pediu informações sobre o quadro de saúde da bebê, que está internada em estado grave na Santa Casa da Capital. Além disso, segundo apurado, a avó está empenhada em conseguir a guarda das outras duas crianças, que após o acidente estão em um abrigo.


Além da avó, o pai da bebê procurou o Conselho Tutelar. Apesar de se apresentar como pai, o nome do homem não consta na certidão de nascimento. Diante disso, ele foi orientado a regularizar a situação junto à Defensoria Pública.


Entenda - Na noite de terça-feira (12), a criança de 7 anos ficou tomando conta dos irmãos mais novos - a bebê de 4 meses e o irmão de 3 anos - na ausência da mãe, de 23 anos.


"Com o objetivo de acalmar a bebê, a criança de 7 anos subiu na cama com ela no colo para ver a janela e deixou 'em pé'. Em determinado momento no parapeito, a criança empurrou com os pés a irmã, coisas que bebês fazem, e como estavam em cima da cama sem equilíbrio, foi o suficiente para ela cair ao solo", explicou o delegado Gabriel Desterro, que atendeu a ocorrência.


Quando a polícia chegou, a mãe já estava com a bebê no Hospital Regional, primeira unidade para qual foi levada com ajuda de vizinhos do condomínio. Na sequência, a vítima foi encaminhada para a Santa Casa em estado grave.


A polícia constatou que a mãe deixava as filhas sozinhas com frequência. "Saía para fazer as coisas dela e deixava as crianças sozinhas. Questão de horas muitas vezes", disse o delegado. "Pela análise das testemunhas, exame de local, foi observada uma situação de abandono e um ambiente inapropriado para as crianças", ponderou Desterro.


Testemunhas chegaram a relatar que a mãe havia saído para pagar uma conta e por isso as crianças estavam sozinhas em casa. Ela foi presa por abandono de incapaz qualificado pelo resultado lesão corporal de natureza grave - sem fiança - e passa por audiência de custódia nesta quinta-feira (14).


Evasão escolar - Documento mostra que a criança de 7 anos não frequentava a escola. No ano passado ela estava na pré-escola e neste ano no 1º ano da educação infantil na Escola Municipal Professora Maria Lúcia Passarelli. A unidade de ensino fez denúncia ao Conselho Tutelar.


A mãe das crianças admitiu que tirou a filha da escola antes do meio ano. Ao registrar o boletim de ocorrência, a conselheira tutelar disse acreditar que a saída da menina da escola era para que ajudasse no cuidado dos outros dois irmãos.