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Rota Bioceânica por Mato Grosso do Sul já é uma realidade, avalia Instituto de Comércio Exterior
28/12/2023 12h11
Por: Tribuna Popular Fonte: Gov MS
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A rota bioceânica seguindo de Mato Grosso do Sul, por Porto Murtinho, em direção ao Paraguai, por Carmelo Peralta, já é considerada uma realidade, pois os projetos antes apenas no papel se transformaram em grandes obras em andamento. Esta é a avaliação do presidente da Irice (Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior), Rubens Barbosa.


Ele publicou nesta semana um artigo no jornal o Estado de São Paulo sobre a “Integração física sul-americana” em direção ao Oceano Pacífico. Ao descrever as cinco rotas que serão concluídas até 2027, destacou que o corredor bioceânico que segue por Porto de Santos, Campo Grande, Porto Murtinho, seguindo ao Paraguai, Argentina e portos do Chile é uma realidade.


“O corredor estará completo com a conclusão das obras da Ponte Carmelo Peralta-Porto Murtinho no primeiro trimestre de 2025 e o último trecho da Transchaco (220 km), cujas obras começaram no segundo semestre de 2023. Os governos brasileiro, paraguaio, argentino e chileno já reconhecem a Rota ou Corredor Bioceânico de Capricórnio como uma realidade, tendo passado a instância de projeto”.


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Barbosa cita no artigo que esta avaliação é baseada na Declaração de Salta, que ocorreu em abril de 2023, na Argentina. O encontro discutiu os projetos e obras que serão feitas para viabilizar a rota bioceânica, tendo a participação inclusive do governador Eduardo Riedel.


Além da rota que vai seguir por Mato Grosso do Sul, o Governo Federal também citou mais quatro corredores de integração, que vão contar com investimentos do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), entre eles Rota da Ilha das Guianas (Amapá, Roraima, Pará); Rota Multimodal Manta-Manaus (Roraima, Pará, Amapá); Rota Quadrante Rondon (Acre, Rondônia, Mato Grosso); Rota Porto Alegre-Coquimbo (Rio Grande do Sul).


Este caminho mais curto ao Oceano Pacífico, que dará acesso aos mercados asiáticos terá ganhos expressivos na exportação, importação, competitividades dos produtos regionais, promovendo um intercâmbio entre o Brasil e a Ásia.


Na avaliação do presidente da Irice o corredor bioceânico por Mato Grosso do Sul responde a nova reconfiguração geoeconômica do Brasil. “É resultante do processo de desindustrialização e expansão do agronegócio para o interior do País. Como resultado, surgiram cidades jovens com alto poder aquisitivo (Sinop e Sorriso) e cresceram as exportações totais e ‘per capita’ dos denominados Estados articuladores”.


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Obras e investimentos


O Governo do Mato Grosso do Sul tem feito sua parte com investimentos robustos nas cidades que farão parte da rota bioceânica, entre elas Porto Murtinho. O município recebeu R$ 40,6 milhões em obras nos últimos anos. Também garantiu incentivos para reativar a hidrovia do Rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.


Outro foco foi a articulação junto ao Governo Federal para realização das obras complementares que vão contribuir com a rota bioceânica. Entre elas o acesso à Ponte Bioceânica, por meio da rodovia BR-267. Lá serão pavimentados 13 km, além da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem, e um acesso elevado à ponte.


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Na última semana foi assinada a ordem de serviço para realização desta obra, em solenidade no Bioparque Pantanal. Lá serão investidos R$ R$ 472,4 milhões por parte da União. A expectativa é que a alça seja concluída em um prazo de 26 meses.


“Final de 2023 histórico que estamos vivendo em Mato Grosso do Sul. A ponte sendo construída, o que faltava era o acesso à ponte com suas estruturas alfandegárias. Os ministros vieram aqui assinar a ordem de serviço deste último trecho. Não deixaram para o ano que vem, o que já pode começar agora”, afirmou o governador Eduardo Riedel.


Da parte paraguaia, além da pavimentação de estradas que vão dar prosseguimento à rota, o principal projeto é a construção da ponte binacional sobre o Rio Paraguai, na divisa entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Lá 40% dos trabalhos já foram concluídos, com previsão de estar pronta em 2025. A estrutura terá 1.294 metros de comprimento e 29 metros de altura.


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Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS
Foto Capa: Toninho Ruiz