O advogado e piloto Sérgio Roberto Alonso, de 74 anos, morreu na tarde deste sábado (6) após o planador em que estava cair às margens da Rodovia Marechal Rondon, entre Lençóis Paulista e Areiópolis, no interior de São Paulo.
Alonso acumulava décadas de experiência de atuação. Segundo o escritório Riedel de Figueiredo e Advogados Associados, do qual fazia parte, ele era especialista em direito aeronáutico e em direito internacional, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial.
O advogado também se destacava por sua larga experiência nos ramos trabalhista e de agências reguladoras.
Em 2021, Alonso atuou como representante jurídico da família de Geraldo Martins, piloto da cantora Marília Mendonça. Os dois morreram em um acidente aéreo em novembro de 2021, quando a aeronave que transportava a artista caiu em curso d’água nas proximidades de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais.
Outras três pessoas também perderam a vida.
Em outubro de 2023, o advogado concedeu uma coletiva a diversos veículos da imprensa nacional para falar sobre o resultado das investigações no caso da cantora.
Na ocasião, Alonso classificou como “absurda e precipitada” a conclusão do inquérito, que apontou os pilotos como culpados pelo acidente. Em maio, ele também deu entrevistas sobre o relatório final da investigação da Aeronáutica.
Alonso também falou, em outras ocasiões, sobre sua atuação em acidentes aéreos que marcaram a história do Brasil, como os da TAM, em 1996, e da Gol, em 2006.
O especialista em direito aeronáutico também era frequentemente chamado para comentar casos de acidentes aéreos, ainda que não atuasse diretamente neles.
Alonso morreu neste sábado (6) após o planador que pilotava cair às margens da Rodovia Marechal Rondon (SP-300). O acidente ocorreu por volta das 14h11, entre Lençóis Paulista e Areiópolis, no interior de São Paulo. O advogado morreu no local.
Segundo o Aeroclube de Bauru, de onde a aeronave partiu, Alonso tinha experiência neste tipo de voo.
De acordo com informações da Defesa Civil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi informado e uma apuração está sendo realizada pela perícia técnica para determinar as causas do acidente.
A aeronave, prefixo PT-PJD, está identificada no registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e tem o Aeroclube de Bauru como proprietário. A situação de aeronavegabilidade consta como normal. O modelo ASW20, da empresa Alexander Schleicher, tinha capacidade para uma pessoa.
Em nota enviada à CNN, o Cenipa informou que a conclusão das investigações terá o menor prazo possível “dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.
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