Para sempre o 8 de janeiro será um dia de manifestações, de quem condenou os atos golpistas e também daqueles que não viram crime naquela data. A disputa pela narrativa conflita com as imagens do dia, muitas delas feitas pelos próprios acusados, de prédios invadidos, depredados e instituições hostilizadas.
Para quem não acredita no que ouve, basta ver. Passado um ano desde os ataques em Brasília, é preciso dar os nomes e conceitos corretos do que aconteceu.
É fato: o que aconteceu no 8 de janeiro foi criminoso. O descontrole da manifestação pública excedeu os limites da valiosa liberdade de expressão e colocou a democracia do país em risco.
Mas ainda há quem veja legitimidade em quebrar patrimônio público, dar prejuízo à nação, agir com barbárie contra o que foi decidido nas urnas.
Não existem dúvidas de que houve uma tentativa de subversão da ordem do país e desrespeito ao resultado das eleições de 2022. Há, no entanto, quem pregue razão ou atenue o que aconteceu.
Foi um dia de revolta desmedida, que quando dirigida às instâncias legitimadas de poder, carrega o nome de tentativa de golpe. É o que a nossa Constituição tipifica como tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito, crime pelo qual pessoas estão sendo investigadas e condenadas pelo Supremo Tribunal Federal.
As imagens de invasão às sedes dos três Poderes mais lembram algum filme, uma cena de ficção. Parecia impossível acreditar que aquela agressão às instituições e principais prédios do Brasil pudesse ocorrer.
Agora, o que todos sabem é que, sim, por mais impossível que fosse, aconteceu de verdade. Tudo o que foi e continua sendo feito depois daquela data, por quem legitimamente representa o país, é para evitar que se repita.
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