Anúncio do governo paraguaio sobre a reabertura da fronteira em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero criou clima de otimismo no comércio local. Brasileiros e paraguaios comemoram volta da circulação de turistas, mas ainda há preocupação com coronavírus.
Gerente de uma loja de móveis do lado brasileiro, Cristina Franco, que as vendas aumentem com a reabertura. “Nós tínhamos muitos clientes paraguaios”, contou ela ao Jornal Midiamax.
A gerente explica que mesmo com o fechamento, a queda nas vendas não foi tão grande porque os brasileiros começaram a procurar a loja com maior frequência.
“Acredito que as pessoas ficaram em casa e quiseram mudar as coisas nela”, opinou ela.
Já no lado paraguaio, Edson Augusto, proprietário de uma loja de variedades, tem a expectativa é que aumente o fluxo de turistas brasileiros no lado paraguaio.
Segundo ele, o fechamento da fronteira teve impacto negativo. “Nós vendíamos muito para brasileiros e principalmente turistas”, disse ele. “Tive uma queda de 50% das vendas e conheço gente que até fechou”, finalizou.
O ministro da Saúde paraguaio, Julio Mazzoli, confirmou a elaboração de protocolos sanitários e comerciais com o governo brasileiro para a reabertura da fronteira e também do comércio entre os dois países.
Segundo o ministro, o controle do transito de paraguaios e brasileiros será feito pelo Departamento de Migração e o período de permanência não poderá exceder o prazo de 24 horas.
O documento está em fase final e será analisado por outras agências e o chefe do MSP espera que isso aconteça “o mais rápido possível”.
Mazzoleni explicou que o protocolo sanitário propõe a liberação de espaços de fronteira para o comércio para que as pessoas façam suas compras nos dois países.
Para a presidente da ACEPP (Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã), Fabrícia Dias Prioste, a reabertura neste momento preocupa por conta da pandemia do coronavírus.
Para ela, este ainda não é o momento de reabrir. “Nesse momento que o Paraguai está vivendo, acho que ainda não é hora”, avaliou.
A preocupação é que as pessoas vindas do Paraguai possam disseminar novamente a Covid-19 em Ponta Porã.
Porém, para o presidente da Câmara Lojista de Pedro Juan Caballero, Victor Hugo Barreto, o anúncio é bem visto no lado paraguaio. “Com a reabertura, por mais que seja controlada, logicamente vai vir mais gente de fora w ajudaria a mexer na economia”, disse ele.
Para Barreto, o dólar custando mais de R$ 5 pode ser um empecilho, mas que os produtos paraguaios compensam. “[…] tem coisas que só aqui no Paraguai vende. […] A gente está com muita esperança de ajudar a reativar, no mínimo positivamente, a nossa região aqui”, concluiu.
*Midiamax
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