O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a defender que clubes do país se transformem em Sociedades Anônimas do Futebol (SAF). Desde que tomou posse, há um mês, Milei reforça que esse tema deve ser tratado com “necessidade” e “urgência”, e chegou a dizer que o Chelsea, gigante da Inglaterra, quer comprar um clube argentino.
Nesta semana, em entrevista à Rádio Mitre, o presidente foi além. Torcedor e sócio do Boca Juniors, Milei afirmou que os Blues têm interesse em comprar o clube xeneize.
“Existe a vontade expressa [por parte do Chelsea] de querer comprar Boca, Racing, Estudiantes, Newell’s ou Lanús. É dinheiro rápido”, afirmou o presidente argentino, apesar de nenhuma informação nesse sentido ter sido veiculada.
Falando como torcedor, Milei ainda destacou que “se grupos de investimento vierem e colocarem uma fortuna no Boca, e isso significar que o Boca sempre vencerá e que o River não poderá vencer um único jogo, a questão é: ‘Onde eu assino?’”.
O presidente afirmou ainda que o Chelsea não é o único interessado em negócios na Argentina. Segundo ele, grupos árabes estão “esperando para investir 3 bilhões de dólares”, algo que ele avaliou como muito positivo para o futebol local.
“O que é interessante? Que os investimentos chegam muito rapidamente. É um negócio muito fácil, você não precisa afundar máquinas enormes ou esperar dois anos como se estivesse montando uma fábrica”, analisou Milei.
Vale lembrar que, ao longo da campanha eleitoral, Javier Milei provocou rejeição da Associação do Futebol Argentino (AFA) e de diversos clubes por conta da insistente defesa das transformações em SAF. Essa possibilidade, inclusive, consta no Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) do país, que atualmente está travado na Justiça.
Javier Milei também foi voz ativa nas recentes eleições do Boca Juniors, que terminaram com a vitória do ex-jogador e ídolo Juan Riquelme. O atual presidente da Argentina apoiou a candidatura contrária, de Mauricio Macri (ex-presidente do Boca e da República) e chegou a ser repreendido por torcedores no dia das votações.