Estiagem que já dura um mês em Campo Grande deve chegar ao fim neste sábado (19), de acordo com a previsão de todos os centros meteorológicos.
As últimas chuvas ocorreram de forma expressiva e concentradas no período de 13 a 22 de agosto, e desde então o Estado enfrenta estiagem.
O tempo extremamente seco, com unidade de 10%, fez com que vários córregos e rios secassem na Capital.
A reportagem do Correio do Estado fez imagens de chácaras na região do Bairro Santa Luzia que mostram que açudes e minas de água secaram completamente neste período.
Isso poderá melhorar com o deslocamento de uma frente fria pelo centro-sul do País e a mudança na circulação de ventos em níveis médios da atmosfera, que vão permitir o retorno das primeiras pancadas de chuva após um mês sem precipitações significativas.
De acordo com a especialista em meteorologia e coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Franciane Gonçalves, a virada no tempo ocorrerá neste fim de semana.
“A previsão é de pouca chuva ainda, porém, será uma mudança significativa, já que o Estado vem sofrendo com os efeitos do tempo mais seco.
Para este sábado e domingo, é esperado céu nublado a parcialmente nublado, com pancadas de chuva de fraca intensidade para todas as regiões do nosso Estado”, disse a especialista.
Um cavado na média troposfera reforçará a instabilidade no sábado (19), que poderá atingir o sul e sudoeste de MS com chance de pancadas de chuvas.
As temperaturas, que estão na casa dos 40°C há semanas, terão ligeira queda, com mínima prevista de 15°C e máxima de 33°C. Em Campo Grande, os termômetros devem oscilar entre 18°C e 30°C.
Segundo o meteorologista Natália Abrahão, do Centro Meteorológico da Uniderp, alguns locais de Mato Grosso do Sul já registraram chuva na sexta-feira (18).
Em Itaporã, choveu 0,2 milímetro nesta sexta. A frente fria já mudou a temperatura em algumas cidades, em Sete Quedas a máxima foi de 28,7°C, com 47% de umidade relativa do ar, já Sonora registrou 36,8°C de temperatura e 18% de umidade.
No último dia de inverno, na segunda-feira (21), a mudança será mais significativa.
Com o avanço do cavado de onda curta e o alinhamento de ventos em baixos níveis, a instabilidade também deve se alinhar entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, provocando mudança significa no clima dessas áreas, que estão sofrendo efeitos do tempo extremamente seco, com recorde de queimadas no Pantanal.
Precipitações continuam durante a semana, com volumes significativos entre 24 de setembro e 2 de outubro.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) referentes à primeira quinzena de setembro indicam que Mato Grosso do Sul está com volume de chuva abaixo da média histórica para o período.
A falta de chuva aliada às queimadas urbanas, principalmente no Pantanal, deixaram o céu de Campo Grande e de cidades do interior tomado por fumaça.
Nuvem acinzentada que encobre a cidade é chamada de pluma por especialistas. Essas partículas poluentes devem desaparecer com a chuva, que deve ser mais escura inicialmente.
A umidade relativa do ar, que chegou a níveis críticos, de 10%, deve aumentar, podendo chegar a 80%.
Neste fim de semana, a temperatura vai mudar de 36°C para máxima de 30°, uma queda de 6°C em um dia. No domingo, a máxima será ainda menor, de 29°C na Capital. O domingo, inclusive, deve ser de chuva o dia todo em Campo Grande.
*Correio do Estado
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