A polícia civil de São Paulo prendeu, nesta quinta-feira (8), uma mulher de 37 anos identificada como Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como “Japa do crime”. A suspeita é apontada como importante célula de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações contra ela foram iniciadas em junho do ano passado. Ontem, a polícia foi às ruas para cumprir três mandados de busca e apreensão contra a investigada, um deles no litoral de São Paulo, outro em um escritório virtual onde eram emitidos contratos para a lavagem de dinheiro e o último na residência de Karen, situada no Tatuapé, bairro da zona leste da capital paulista.
Segundo o delegado-geral da polícia de São Paulo, Artur Dian, ela emitia contratos em nome de empresas de laranjas para fazer circular o dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
A suspeita foi detida em flagrante, em casa, pois os agentes que cumpriam os mandatos encontraram mais de R$ 1 milhão e cerca de US$ 50 mil no imóvel. A quantia em espécie é de origem não especificada.
Os policiais também apreenderam um carro de luxo, da marca Audi, que pertencia à investigada.
“Essa ação é parte da estratégia de asfixia financeira do crime organizado”, definiu o o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva concedida em Santos na tarde desta quinta-feira.
Ainda segundo a polícia, a “Japa do crime” é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro” e possui um filho com ele. O integrante do PCC foi morto a tiros em um hotel da zona leste de São Paulo, em 2018, após supostamente ter encomendado a morte de outros dois integrantes da facção, conhecidos como “Gegê do Mangue” e “Paco”.
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