Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), na manhã desta terça-feira (9), tem como alvo duas empresas de ônibus, que operam linhas municipais de São Paulo, apontadas como intermediárias para lavagem de dinheiro proveniente do crime organizado.
De acordo com o MPSP, a chamada “Operação Fim da Linha” mira as empresas Upbus e TW, que transportam diariamente cerca de 700 mil passageiros na capital paulista. Ambas são remuneradas pela Prefeitura e teriam recebido mais de R$ 800 milhões dos cofres públicos somente no ano passado.
As investigações indicam que tais companhias são ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e utilizadas par alvar dinheiro obtido com diversos crimes, como tráfico de drogas e roubos.
Na ação de hoje, os agentes cumprem quatro mandados de prisão e 52 mandados de busca e apreensão. Ao todo, no final do processo judicial, o Ministério Público espera conseguir a condenação e, consequentemente, a prisão de 29 pessoas que estariam envolvidas no esquema.
Armas, relógios e grande quantidade de cédulas de dinheiro já foram apreendidas.
O MPSP informou que a Justiça de São Paulo já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões dos alvos para garantia de pagamento de danos morais coletivos.
A operação deflagrada nesta manhã conta com o apoio da Receita Federal, do CADE e da Polícia Militar. Mais de 400 agentes destas estão mobilizados.
A CNN fez contato e aguarda um posicionamento da SPTrans, da Prefeitura de São Paulo e das empresas de transporte apontadas pelo MP.