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Defesa diz que participação de motorista em mortes de adolescentes é “boato”
George Edilton Dantas Gomes foi preso por dar apoio a suspeitos de matarem jovens por engano
06/05/2024 11h39
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
- Carro HB20 utilizado pelo motorista de aplicativo para transportar suspeitos (Foto: Divulgação/PMMS)

O advogado do motorista de aplicativo, George Edilton Dantas Gomes, 40 anos preso neste domingo (5), por dar apoio aos suspeitos de participação no atentado que matou dois adolescentes de 13 anos por engano, informou que participação do cliente é “boato”.


A investigação localizou o motorista em um imóvel situado na Vila Bandeirantes. Em depoimento à polícia, ele negou envolvimento no crime, mas segundo apuração da polícia, ele teria se dirigido a um dos suspeitos com intimidade, questionando o resultado do atentado: "Deu bom...? Porque eu nem escutei os tiros e estava aqui pertinho".


Versão negada pelo advogado Ilton Hashimoto, que conversou brevemente com a reportagem, na manhã desta segunda-feira (6). “Ele é só motorista de aplicativo, não tem nada a ver com o crime, isso é boato. Não sei a dinâmica dos fatos, só sei que deixou um dos rapazes em uma casa no Aero Rancho”, informou.


George foi preso ontem por policiais do BPChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar). Ele foi conduzido ao Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), onde permanece detido aguardado passar por audiência de custódia.


O advogado Amilton Ferreira, contratado pela família do jovem João Vitor de Souza Mendes, 19 anos, apontado como o atirador que está foragido, também conversou com a reportagem e relatou que ainda não conversou com o cliente e não sabe de seu paradeiro. “Estão dizendo que foi ele que atirou, mas ainda não tenho essa informação. Vou ir conversar com o delegado, tomar ciência dos fatos e conversar com o meu cliente ainda hoje”, disse.


Quanto a defesa de Rafael Mendes de Souza, Nicollas Inácio Souza da Silva e Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, outros presos envolvidos no atentado, a reportagem ainda não conseguiu localizá-los, o espaço segue aberto para posicionamentos.


O caso – Os adolescentes de 13 anos foram baleados por uma dupla em motocicleta que chegou atirando. Os supostos atiradores procuravam por um homem que estava na esquina vendendo droga, próximo à residência em que os jovens estavam.


Segundo testemunhas, o alvo dos disparos correu em direção a casa onde estavam os adolescentes, momento em que os jovens foram atingidos. Eles foram socorridos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos.