Policial Ministério Público
Gaeco prende mais dois em nova fase da operação que derrubou adjuntos do governo
Alvos das prisões preventivas são réus e foram denunciados por fraudes e desvio de dinheiro
06/06/2024 09h28 Atualizada há 6 meses
Por: Tribuna Popular Fonte: Investiga MS

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, nesta quinta-feira (6/6), a 2ª fase da Operação Turn Off.

Desta vez, foram  cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Os nomes dos envolvidos não forma divulgados até o momento.

Segundo MPE, o desdobramento das investigações, conduzidas pelas Promotorias de Justiça com o apoio do GECOC, identificou a continuidade da prática de crimes.

“Por fatos anteriores, os alvos das prisões preventivas são réus e foram denunciados por fraudes e desvio de dinheiro em diversas compras públicas.São réus, desde 2022, pelo desvio de dinheiro público na compra de uniformes escolares pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 5.610.000,00. Em 2023, pelo desvio de dinheiro público na compra de produtos médico-hospitalares pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 6.523.977,94, e neste ano de 2024, por organização criminosa, corrupção ativa e desvio de dinheiro público na compra de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 13.000.548,00”, diz a nota do MPE.

Segundo o Gaeco, em 2024, os envolvidos foram denunciados por fraudes e corrupção em procedimentos de compra de materiais de ostomia para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, em Convênio firmado com a Secretaria de Estado de Saúde, no valor de R$ 22.996.305,73. Além disso, foram denunciados por fraudes, corrupção e desvio de dinheiro público na contratação de empresa pela Secretaria de Estado de Saúde, para emissão de laudos médicos, no valor de R$ 12.330.625,08.

“Em relação a estes fatos recentes, foi desenvolvida a 1ª fase da operação, em 29/11/2023, a qual originou as ações penais ajuizadas em 2024. Naquele momento, os mesmos alvos foram presos preventivamente. Pouco depois, a prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares, com vistas, inclusive, a inibir novas práticas delitivas. Entretanto, em total afronta e reiteração criminosa, continuaram a praticar novos crimes, principalmente o de lavagem de dinheiro, sendo identificada a atual ocultação de bens obtidos ilicitamente em valores que ultrapassam 10 milhões de reais, revelando a necessidade das medidas desta 2ª fase da Operação Turn Off”, conclui o MPE.

Primeira fase

Na primeira fase da operação, em novembro do ano passado, oito pessoas foram presas. Entre eles, Édio Castro, adjunto da Secretaria de Educação; Thiago Mishima, Andrea Cristina Souza Lima; Victor Leite de Andrade; Paulo Henrique Muleta Andrade; Simone Ramirez, Sergio Duarte Coutinho Junior, Lucas Coutinho. O adjunto na Casa Civil, Flávio Brito, foi exonerado do cargo após a operação.