A bióloga Deborah Mendes elevou a paixão pela fauna e flora do Pantanal a outro patamar. A um patamar que só alguém com o talento artístico dela poderia elevar.
Na verdade, a biologia ficou mais para seu currículo. Atualmente, o lado artístico é que fala mais alto. Isso porque Deborah está fazendo sucesso com seus chapéus bordados com desenhos da fauna e flora do Pantanal sul-mato-grossense. Onças, tuiuiús, Ipês, araras, tucanos, tudo isso está bordado em seus chapéus.
Filha de marceneiro e tendo crescido em uma fazenda, Deborah conta que o pai era um grande desenhista, assim como sua mães, que era artesã. O avô também era desenhista.
“A arte e a natureza sempre foram coisas muito naturais pra mim. Sempre estiveram presentes em minha vida, então é quase impossível escapar desse ofício, é um ímpeto que me leva a criar as coisas que crio”, diz Deborah.
Segundo Deborah, além dos chapéus, ela pinta madeira de demolição e telas. Suas obras já foram enviadas pêra vários países, incluindo França, Austrália, Alemanha, além de vários estados brasileiros.
“Pinto também em serrapilheiras, folha do nosso ipê, em geral folhas do cerrado e eternizando em quadros que também tem despertado olhares de todo o Brasil para esse trabalho”.
A artista conta que seu maior público são os turistas. “Todo mundo quer levar alguma lembrança de onde passa. E quando vemos uma que foi feita com tanto carinho, por quem ama o Pantanal, acho que fica mais valioso ainda.
As técnicas usadas pela artista são oriundas de culturas diversas que também com raízes regionais, mas não só, como o padrão da tribo kadiwéu ou dos aborígenes australianos.
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