Maria Alves Meleiro, a Maria Vital, foi eleita vice-prefeita de Anastácio, município a 140 km de Campo Grande. Ela é mãe do ex-vereador Dinho Vital, assassinado no mês de maio. Ela chegou a lançar pré-candidatura pelo PP, mas acabou compondo chapa com Cido, do PSDB.
E, justamente o assassinato de Dinho causou reviravolta nas eleições.
Isso porque o então pré-candidato do PSDB, Douglas Figueiredo, se envolveu em discussão com o ex-vereador momentos antes dele ser morto por dois policiais militares.
Na época, Douglas chegou a ser investigado pela morte, mas foi retirado do rol de suspeitos.
Assim, foi preterido pelo partido e chegou a acusar Reinaldo Azambuja de traição por descumprir acordo. O líder do PSDB, por sua vez, jogou a culpa no diretório municipal, que escolheu Cido.
Após a morte do ex-vereador, o presidente estadual do PP, Marco Aurélio Santullo, afirmou que Dinho seria candidato neste pleito. “Não sei se era para prefeito, vice ou vereador, mas o diretório de lá [Anastácio] estava organizando uma chapa com ele”, disse Santullo.
O cargo mais recente ocupado por Dinho na esfera política foi como vice-presidente do PP em Anastácio. Ele também era suplente de vereador no município.
A viúva de Dinho, Mary Beltrão (PP), também disputou o pleito municipal. Ela tentou uma vaga na Câmara Municipal, mas não foi eleita, recebendo apenas 245 votos.
Morte após discussão política
Dinho Vital foi morto a tiros pelos PMs, sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e o cabo Bruno Cesar Malheiros dos Santos, após se envolver em discussão política em uma confraternização, no dia 8 de maio.
Os dois respondem ação pela morte do político. No último dia 11 de setembro, foi realizada primeira audiência sobre o caso.
Advogado dos policiais, Lucas Arguelho Rocha disse que será o momento de demonstrar a verdade. “A defesa aguarda a instrução do feito, confiante que será o momento oportunizado para demonstrar a verdade dos fatos e comprovar de uma vez por todas que os PMs agiram sob o manto da legítima defesa e do estrito cumprimento do dever legal”, afirmou ao Jornal Midiamax, antes da audiência.
A Corregedoria da PMMS encerrou o inquérito afirmando que os policiais ‘tiveram de agir’. Os dois militares acabaram presos em uma operação no dia 17 de maio.