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Educação Financeira: Palestra aborda importância do tema para economia do servidor
Abrindo a Semana do Servidor, em alusão ao Dia do Servidor, comemorado no dia 28 de outubro, aconteceu nesta manhã (21) na Sala Multiuso da Escola ...
21/10/2024 13h20
Por: Tribuna Popular Fonte: Assembleia Legislativa - MS

Abrindo a Semana do Servidor, em alusão ao Dia do Servidor, comemorado no dia 28 de outubro, aconteceu nesta manhã (21) na Sala Multiuso da Escola do Legislativo, a Palestra “Educação Financeira: Servidor rico, servidor pobre: como sair do consignado e transformar sua mentalidade financeira”, com o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) e autor de livros jurídicos e de finanças pessoais, Marcos Cutrim.

Marlene Figueira, secretária de Recursos Humanos, representou a presidente da Escola do Legislativo, deputada Mara Caseiro (PSDB). “Estou aqui representando a presidente da Escola do Legislativo, que não pode estar presente na abertura da Semana do Servidor. Hoje temos aqui a honra de receber o senhor Marcos Cotrim, que vai expor sobre Educação Financeira, todos nós temos que entender o porquê oscilamos entre estarmos ricos e pobres. O Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul [Sisal/MS], parceiro da Escola do Legislativo, foi quem deu início a essa semana, com essa palestra, trazendo essa figura tão importante pra nós, e o aval do nosso presidente Gerson Claro (PP)”, destacou.

O palestrante cumprimentou a todos no início de sua fala. “Cumprimento à Escola do Legislativo, agradeço o convite do Sisalms, e dos deputados. É a primeira vez que venho a Campo Grande. Esse ambiente de vocês é uma coisa espetacular. Em meio a uma reserva natural. Parabenizo a todos pela iniciativa do Sindicato, da Escola e da Assembleia Legislativa, por esse momento”, ressaltou Marcos Cutrim.

O palestrante ressaltou a importância de conhecer sobre Educação Financeira. “Irei falar dos problemas relacionados à falta de educação no serviço públicos, das causas que levam o servidor público a se endividar, e o que eu faço na prática para ser um servidor pobre ou um servidor que investe”, detalhou. 

Entre os problemas citados por Marcos Cutrim, com a falta de Educação Financeira, é o número de consignados contraídos pelos servidores públicos, que tem, em sua maioria, salários que giram em torno de R$ 3 mil. “A maior parte dos consignados são utilizados para pagar dívidas atrasadas, outra parte do problema. Temos também o sistema de previdência social, que é uma equilíbrio entre população jovem pagando para os idosos se aposentarem. A conta não fecha há anos com o déficit da previdência. Temos que pensar no futuro, teremos aposentadoria integral em quinze anos?”, alertou.

Ele também fala do perigo da cultura do imediatismo. “Acabamos caindo num ciclo, não nos preocupamos em criar reserva de emergência, e também não conseguimos pensar em uma segunda fonte de renda. É necessário que haja a criação de uma reserva de emergência, com controle do Padrão de Vida, tentar gastar menos do que ganha e ainda investe em busca de renda passiva, tentando gastar 50% do salário com itens essenciais, 30% em lazer e 20% de investimento”, explicou.

“Entre as causas do endividamento está a falta de educação financeira, influências sociais e culturais, comportamento impulsivo, desinformação e armadilhas financeiras. Somente ela fará você mudar profundamente sua mentalidade. A forma como pensamos nossas finanças e a forma como temos tomado nossas decisões financeiras faz diferença, há um jogo na economia. Servidor rico é o investidor que não tem dívidas ou dívidas controladas, gasta menos do que ganha, tem reserva de emergência para evitar tirar consignados na hora do aperto, investe o que sobre do dinheiro a juros para criar um segunda fonte de rendas, com noções básicas de educação financeira e investimentos, de forma que domine suas emoções ao tomar decisões de consumo. O pobre tem toda margem consignável comprometida, vive de uma única fonte de renda, sempre gastou muito mais do que ganha, não tem qualquer reserva para imprevisto, nunca investiu e há muito tempo não sabe o que sobrar dinheiro", exemplificou.  

Por fim, ele deu dicas para deixar de ser endividado. “Existem cinco passos, fazer um diagnóstico financeiro e criar um orçamento doméstico, nesse diagnóstico escrever sobre despesas fixas, dívidas, inventários, planejamentos, controlar o cartão de crédito, criar um aporte. E automatizar sus sentimento, pague-se a si mesmo, o valor que você investe é uma dívida consigo mesmo. Eliminar as dívidas, construir a reserva de emergência e lembrar que o mercado financeiro é sobre risco, retorno e liquidez, todo produto é assim. E quanto maior o risco, maior o retorno. Ou você controla seu dinheiro, ou ele controlará você”, concluiu Marcos Cutrim.