Mato Grosso do Sul registrou um aumento no universo de empregados formais no mês de setembro, conforme dados do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados nessa quarta-feira (30). O saldo entre o total de admissões e demissões resulta no acréscimo de 1.912 novos postos de trabalho com carteira assinada no Estado.
No ano, o saldo já chega a 26.079 novos empregos formais, aumento de quase 4% no estoque geral, que chega a 684.044 trabalhadores.
O setor de Serviços apresentou o melhor desempenho em setembro com 1.094 novos empregos formais gerados, seguido do Comércio (653), Indústria (647) e Agropecuária (223). O único setor com retração no total de empregados contratados foi a Construção, que fechou 705 postos de trabalho no mês passado. Na distribuição por sexo, as mulheres são maioria (1.094) enquanto os homens ocupam as demais 818 vagas do mês.
Dentro do setor da Indústria, o subsetor de Indústrias de Transformação destacou-se com a criação de 661 postos. Entre os subsetores de Serviços, houve destaque para Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, que somaram 497 vagas.
No setor de Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, foram registrados 653 novos postos de trabalho.
Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o crescimento da criação de empregos formais no mês de setembro em Mato Grosso do Sul segue a tendência nacional da economia. O Brasil registrou a abertura de 247.818 novos postos de trabalho no mês passado.
“Nossa economia tem mostrado vigor. Apesar da situação de pleno emprego registrado no segundo trimestre, continuamos ampliando os empregos formais, o que para a economia em geral é muito bom”, afirmou.
Na distribuição regional dos empregos, as maiores cidades lideram: Campo Grande aumentou seu estoque de trabalhadores formais em 818 novos empregados e Dourados, em 417. Em seguida aparecem Aparecida do Taboado (187), Três Lagoas (150), Inocência (137), Rio Brilhante (104), Paranaíba (101), Bataguassu (84), São Gabriel (81) e Nova Alvorada (77).
Os municípios que tiveram as mais relevantes retrações no total de trabalhadores formais foram: Ribas do Rio Pardo (-364), Corumbá (-163), Costa Rica (-86) e Chapadão do Sul (-69).
O fechamento de 501 postos de trabalho no setor de Construção em Geral no município de Ribas do Rio Pardo, onde foi recentemente inaugurada a fábrica de celulose da Suzano, explica o saldo negativo desse setor da economia no mês de setembro, observou o secretário executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc, Esaú de Aguiar.
“Esse saldo pode ser explicado pela finalização de grandes obras, o que reduz temporariamente a necessidade de trabalhadores, especialmente se não houver novos projetos iniciando ao mesmo tempo. Além disso, diferentes fases das obras exigem diferentes números de trabalhadores, o que também pode influenciar no saldo. O resultado negativo reflete um momento de transição entre o fim de alguns projetos e o início de outros, é usual essa movimentação na economia”, disse Aguiar.
João Prestes, Comunicação Semadesc
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