Policial Investigação
Escritório de ex-vice da OAB/MS repassou R$ 650 mil para presidente da Assembleia Legislativa
O escritório de advocacia de Camila Cavalcante Bastos repassou R$ 650,3 mil para Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa e ex-sócio da empresa, segundo quebra do sigilo bancário
21/11/2024 08h41 Atualizada há 3 dias
Por: Tribuna Popular Fonte: O Jacaré

Conforme a Polícia Federal, o deputado estadual recebeu cinco vezes mais que a ex-vice-presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), que continua como sócia.

Os dados constam do inquérito da Polícia Federal encaminhado ao ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, e levaram a Operação Ultima Ratio. Camila é investigada por ser filha de outro ex-sócio do escritório e seu pai, o desembargador Alexandre Bastos.

Gerson Claro é destaque no relatório da PF apesar de não ser investigado: deputado recebeu R$ 650 mil de escritório, enquanto esposa, que é sócia, só ganhou R$ 207 mil (Foto: ALMS)

O magistrado foi afastado do cargo e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica junto com os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, atual presidente afastado do Tribunal de Justiça, Sideni Soncini Pimentel, presidente eleito, Vladimir Abreu da Silva, vice-presidente eleito, e Marcos José de Brito Rodrigues.

A quebra do sigilo bancário mostrou que o escritório que tem Camila Bastos, a esposa de Gerson, Kátia Regina Bernardo Claro, e o advogado Bento Duailibi. A empresa possui movimentação financeira acima da capacidade, segundo a PF.

Prefeituras e câmaras

A maior parte dos recursos do escritório que foi de Bastos e Gerson Claro é proveniente de órgãos públicos, de acordo com a PF. Até houve o pagamento feito pela Câmara Municipal de Costa Rica, que teve recurso julgado no Tribunal de Justiça pelo desembargador Alexandre Bastos. O magistrado não se declarou impedido em analisar um processo do escritório, que oficialmente pertence a sua filha.

“Ocorre que, conforme RAPJ Nº 1228992/2023, o escritório de advocacia em questão teria contrato com a Prefeitura Municipal de Costa Rica. Ainda segundo o relatório, ALEXANDRE BASTOS teria sido relator em dois julgamentos de processos relacionados à Prefeitura de Costa Rica, um no dia 29/07/2022 e o outro no dia 04/12/2022, período contemporâneo ao envio de recursos da prefeitura para o escritório”, pontua a PF.

“Ou seja, conforme os dados ob