A partir do próximo sábado (1°), a modalidade amadora conhecida como “pesque e solte” estará liberada na calha do rio Paraguai. O período de defesa, a Piracema, continua em vigor em rios de Mato Grosso do Sul.
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) detalha a liberação prevista no Decreto Estadual nº 15.166, de 21 de fevereiro de 2019, onde também consta as cotas e tamanhos mínimos e máximos dos peixes a serem pescados.
Sendo assim, a prática que consiste em pescar e devolver o peixe vivo ao rio deve seguir medidas para garantir a sobrevivência das espécies nos rios, por exemplo:
- O uso de anzóis lisos e sem farpas é obrigatório;
- A devolução imediata do peixe ao mesmo local de onde foi retirado é obrigatória;
- A prática é restrita à calha do rio Paraguai e está proibida em áreas como baías, lagos, lagoas marginais, banhados e outros cursos d’água conectados; Também não é permitida na foz dos afluentes;
- Preferencialmente não retirar o peixe da água para tirar o anzol que fisgou o peixe;
- É imprescindível que o pescador possua a Autorização Ambiental para Pesca Amadora, especificamente na modalidade ‘pesque e solte’, emitida antes da atividade.
“Essa medida visa encontrar um equilíbrio entre a prática da pesca esportiva e a preservação ambiental, especialmente no período de reprodução das espécies”, destaca o diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges.
Penalidades
O pescador amador flagrado desrespeitando as medidas pode ser autuado e penalizado pelas infrações, sujeito à multa e prisão de um a três anos, além de ter material de pesca, embarcações, motores e veículos apreendidos.
Vale lembrar que a Piracema ainda está em vigor em todos os rios do Estado. O período de defeso garante a a reprodução e a sustentabilidade dos peixes.
Dicas
O Imasul divulgou uma lista de dicas que favorecem a sobrevivência e a saúde dos exemplares captura na pesca esportiva:
- Posição correta: se precisar retirar o peixe da água, mantenha-o sempre na posição horizontal e pelo menor tempo possível fora d’água. Isso reduz o impacto sobre sua respiração e estrutura corporal.
- Manuseio mínimo: evite tocar diretamente na pele do peixe. O contato excessivo pode remover a camada de muco protetor, tornando-o mais vulnerável a doenças.
- Cuidado com o anzol: caso o peixe tenha engolido o anzol, não tente removê-lo à força. Cortar a linha rente à boca pode ser a melhor opção para evitar ferimentos graves.
- Proteja as brânquias: nunca coloque as mãos nas guelras do peixe! Essa estrutura é fundamental para a respiração e qualquer dano pode ser fatal.
- Evite o estresse: quanto mais tempo o peixe passar se debatendo, maior o risco de desenvolver infecções por fungos e bactérias, podendo levar ao óbito. Seja rápido e eficiente ao soltá-lo.
- Liberação correta: assim que capturar o peixe, devolva-o imediatamente ao mesmo local de onde foi retirado. Faça isso com calma, sem movimentos bruscos, garantindo que ele possa nadar novamente sem dificuldades.