O deputado federal Vander Loubet (PT) tem confidenciado a lideranças do partido que pretende voltar a presidir o partido no Estado.
“Não que eu seja o melhor, não que não tenha outro nome para presidir o partido… preencho esse requisito para dialogar de igual para igual e não chegar lá de calça arriada”, declarou, em vídeo postado na rede social.
Embora seja uma das principais lideranças do partido no Estado, o deputado deve enfrentar resistência da ala mais radical do partido, que é contra, por exemplo, uma das principais articulações pensadas por Vander, de apoio à reeleição de Eduardo Riedel (PSDB).
Vander confidenciou, recentemente, que pretende ser um dos candidatos de Riedel ao Senado em Mato Grosso do Sul, nem que seja um dos quatro escolhidos pelo governador. A declaração desagradou parte do partido, que defende candidatura própria.
A disputa pela presidência, que acontece no meio deste ano, antecipará o debate sobre o futuro do partido, com Vander defendendo a flexibilização do partido, cogitando abrir mão de candidatura, e de filiados que são favoráveis a disputa da eleição.
O vice-presidente estadual do partido, Humberto Amaducci, por exemplo, criticou a permanência do PT na base de Riedel. Ele afirmou que os cargos ocupados atualmente são de indicação de Vander e Zeca do PT e defendeu a entrega para que o PT se organize para a eleição do próximo ano. Ele deve ser um dos líderes do bloco contra Vander, ao lado do atual presidente do partido no Estado, Vladimir Ferreira.
O deputado Pedro Kemp (PT), que pertence a outra corrente dentro do PT, avalia que Riedel deve apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidência ou, no mínimo, Vander para o Senado. Caso contrário, o PT terá candidato próprio no Estado.
Vander costuma jogar junto com o tio, Zeca do PT, nas articulações dentro do partido. Juntos, eles quase derrubaram a candidatura de Camila Jara (PT) para Prefeitura de Campo Grande. Eles defendiam a candidatura de Rose Modesto (União). Como Rose não aceitou aliança com o PT no primeiro turno, eles acabaram recuando e apoiando Camila.
O PT não elegeu nenhum prefeito na última eleição. Hoje, o partido tem três deputados estaduais e dois deputados federais. Na luta pelo Senado, Vander pode encontrar apoio do presidente Lula e do próprio diretório nacional, que tem como foco, além da reeleição do presidente, a eleição de deputados federais e senadores.