Mato Grosso do Sul é o Estado onde o PSDB tem mais força no País e virou protagonista na discussão sobre o futuro da sigla. O governador Eduardo Riedel (PSDB) recebeu três lideranças nacionais em 15 dias só para falar sobre a possibilidade de fusão.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi o primeiro a desembarcar na Capital e também é o preferido da bancada em Mato Grosso do Sul. A proximidade com Nelsinho Trad (PSD) e a pouca quantidade de lideranças do partido em MS facilitaria a vida dos tucanos do Estado.
Na avaliação da cúpula tucana, próxima a Riedel ou de Reinaldo Azambuja (PSDB), o caminho é mais tranquilo porque ganhariam tempo e dinheiro para campanha, sem grandes traumas.
O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, não veio para Campo Grande, mas conversou com Reinaldo em Brasília sobre possível fusão. Com 44 deputados federais, mesma quantidade do PSD, o partido também é bem visto por lideranças do Estado. Juntos, os dois partidos chegariam a 57 deputados federais, atrás apenas do PL, PT e União Brasil.
Nesta quinta-feira, a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, esteve em Campo Grande para conversa com Riedel, mas o partido ocupa apenas o terceiro lugar entre os tucanos de Mato Grosso do Sul por conta do tamanho do Podemos.
Na avaliação de tucanos do Estado, a união com o Podemos não resolveria o problema da sigla, que continuaria inexpressiva em Brasília e com dificuldade para campanha no próximo ano. A maioria da cúpula no Estado entende que essa união com Podemos poderia fazer as duas siglas terem prejuízo, com saídas de vários parlamentares.
O PSDB nacional também discute a possibilidade de federação, que não acaba com o partido. Todavia, a experiência ruim na aliança com o Cidadania tem imposto barreiras, embora o próprio Podemos e o Solidariedade já tenham sinalizada possibilidade desta união, que ficaria como última opção.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, disse, em agenda na Capital na semana passada, que o partido deve decidir o seu futuro neste semestre. Na ocasião, ouviu da maioria a preferência por uma aliança com o PSD.