O ex-governador e atual presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, terá que pagar a conta de um arranjo feito por ele mesmo no ano passado. Disposto a eleger o candidato dele na Capital, Azambuja fez o possível para conseguir aliados e isolar adversários.
Para convencer Bolsonaro a apoiar Beto Pereira (PSDB) na Capital, Azambuja prometeu se filiar e ser eleito senador pelo PL. Beto acabou perdendo a eleição, mas Bolsonaro não esqueceu da promessa feita.
Azambuja tem receio de se filiar ao PL e ser rejeitado por bolsonaristas e eleitores de centro-esquerda. Além disso, a maioria dos aliados dele não pretende acompanhá-lo na aventura no PL. Entretanto, não deve receber perdão da dívida.
Azambuja já foi avisado que o PL pode ter candidato próprio em Mato Grosso do Sul, o que deve obriga-lo a se filiar, sob pena de fazer nascer um adversário para Riedel, que hoje navega em rio tranquilo em busca reeleição.
Filiados ao PL, que são contrários a filiação de Azambuja, estão torcendo para que o ex-governador não se filie e o partido tenha candidato próprio em Mato Grosso do Sul. Eles avaliam que com apoio de Bolsonaro, o partido teria grandes chances de eleger um “governador verdadeiramente de direita”.
Nesta semana, ao ser questionado sobre a promessa feita a Bolsonaro, Azambuja preferiu dizer que foi convidado para se filiar, mas não disse que vai.
Nesta quarta-feira, Bolsonaro concederá entrevista a um programa de rádio da Capital e deve ser questionado sobre essa famosa promessa, bem como sobre a possibilidade de uma candidatura própria do partido, que desde 2022 tem seguido o PSDB no Estado.
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