Cidades Polêmica
Chefe do Detran deseja a morte de Bolsonaro em rede social e revolta toma conta de Guia Lopes da Laguna
População cobra posicionamento imediato do Governo de MS e questiona permanência de servidor público após comentário polêmico e violento contra ex-presidente
14/04/2025 13h55
Por: Tribuna Popular Fonte: Da Redação
Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Uma publicação nas redes sociais feita por Gabriel Meirelles, chefe do Detran em Guia Lopes da Laguna, no Mato Grosso do Sul, causou uma onda de revolta na manhã desta segunda-feira (14). Em um comentário no Facebook, Meirelles escreveu a frase “Morra, capitão” — uma clara alusão ao ex-presidente Jair Bolsonaro —, desencadeando forte indignação entre apoiadores do ex-mandatário e cidadãos que se dizem chocados com o teor agressivo vindo de um servidor público.

O comentário não passou despercebido. Rapidamente, a postagem viralizou nas redes sociais e gerou um verdadeiro escândalo na pequena cidade do interior do estado. O que seria apenas mais uma discussão acalorada na internet se transformou em um caso grave, que agora levanta questionamentos sobre os limites da liberdade de expressão, especialmente quando parte de alguém que ocupa uma função pública e é remunerado com dinheiro do contribuinte.

"Não estamos falando de política, estamos falando de humanidade", desabafou uma moradora em contato com a reportagem. Para muitos, o comentário ultrapassou o limite do aceitável e configura, no mínimo, um ato irresponsável e perigoso, sobretudo num cenário em que o discurso de ódio ganha cada vez mais espaço na esfera pública.

Indignada, a população tem pressionado o Governo do Estado e o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) para que tomem uma posição diante do episódio. Muitos pedem o imediato afastamento de Meirelles, afirmando que o servidor não tem mais condições morais de representar uma instituição pública.

Nas ruas e nas redes, a pergunta que não quer calar é: servidores públicos podem usar seus cargos para propagar ódio e desejar a morte de figuras públicas? O silêncio até agora por parte do governo estadual tem sido interpretado por alguns como conivência, e aumenta a pressão por uma resposta rápida e contundente.

O episódio também reacende o debate sobre a seletividade no tratamento dado à liberdade de expressão. Para muitos, se o comentário tivesse vindo de alguém da direita contra uma figura da esquerda, a repercussão institucional seria imediata. “A liberdade de expressão não pode servir de escudo para a intolerância. Ela vale para todos, ou não vale para ninguém”, afirmou outro morador, visivelmente indignado.

Enquanto isso, o espaço segue aberto para manifestações oficiais do Detran local e do Governo do Estado. Mas uma coisa já é certa: o povo está atento — e não está disposto a aceitar calado quando representantes do serviço público ultrapassam os limites do respeito, da ética e da legalidade.