O objetivo da operação desencandeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado durante a manhã desta terça-feira (16) foi investigar suposto desvio de verba pública de quase R$ 1 milhão na Câmara Municipal de Água Clara.
Segundo nota publicada pelo Ministério Público Estadual, a Operação Negócio de Família cumpriu oito mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e três de medidas cautelares diversas com o objetivo de encerrar o que é chamado de "organização criminosa voltada à prática dos crimes de peculato, fraude a licitações e falsidade ideológica."
Ainda de acordo com o MPE, foi apurado que o desvio de verba pública acontecia via elaboração de processos licitatórios fraudulentos para a contratação de assessoria em diversas áreas da gestão pública.
O trabalho de investigação acredita que o desvio do dinheiro público teve início com a elaboração de processos licitatórios fraudulentos, na modalidade carta convite, os quais eram direcionados a empresas pré-determinadas. Sendo assim, a empresa que vencia a licitação não prestava o serviço, porém recebia todos os valores, os quais, posteriormente, eram repassados aos agentes públicos envolvidos.
O Gaeco, em auxilio à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Água Clara, apurou que a organização atuou por anos desviando valores, que devam chegar a R$ 900 mil dos cofres da Câmara Municipal de Água Clara. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Comarca de Água Clara.
Durante a Operação Negócio de Família foram apreendidas armas de fogo nos locais visitados em Campo Grande, Três Lagoas, Água Clara e Paraíso das Águas.
*Correio do Estado
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