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Qualidade de vida é principal fator de motivação no trabalho

Pesquisa mostra que equilíbrio entre vida pessoal e profissional supera salário como principal motivação no trabalho. Trabalhadores valorizam alinh...

02/05/2025 às 19h26
Por: Tribuna Popular Fonte: Agência Dino
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O equilíbrio entre vida pessoal e profissional se tornou, pela primeira vez em 22 anos, a principal prioridade para trabalhadores, representada por 83%, superando a tradicional importância do salário, que detém 82%, de acordo com dados da pesquisa Randstad Workmonitor 2025.  

O estudo ouviu mais de 26 mil profissionais em 35 países e concluiu que a remuneração continua a ser importante, mas atualmente os talentos têm expectativas multifacetadas. A análise indica uma mudança nas prioridades no ambiente de trabalho, pautadas nos pilares Porquê, Quem e Como.

Kaleb Costa, coordenador de Projetos da SISQUAL® WFM, empresa especializada em soluções de Gestão da Força de Trabalho, acredita que a pandemia de COVID-19 desempenhou um papel fundamental nessa mudança de perspectiva, a partir da adoção do trabalho remoto.

“Muitas pessoas passaram a refletir sobre o tempo perdido com deslocamentos, perceberam que é possível manter a produtividade fora do ambiente corporativo tradicional, e passaram a valorizar ainda mais os momentos com a família e o cuidado pessoal”, pontua o especialista.

Para o coordenador de projetos da SISQUAL® WFM, a experiência em sociedade levou a uma mudança profunda de prioridades, em que o bem-estar passou a ser mais valorizado do que o status profissional ou a remuneração.

“O ineditismo do equilíbrio entre vida pessoal e profissional como prioridade é uma nova tendência do mercado de trabalho, após um período crítico de pandemia, as pessoas passaram a valorizar mais seu tempo e, com isso, buscar mais equilíbrio entre o pessoal e o profissional", afirma Costa.

De acordo com a pesquisa, o Porquê é uma motivação personalizada, ou seja, um alinhamento de valores entre empresa e empregado. Em 2025, 48% dos entrevistados não aceitariam emprego em uma empresa com valores diferentes dos seus. Em 2024, esse índice era de 38%.

Já o pilar Quem refere-se ao sentido de comunidade e o desejo de pertencer. Segundo dados do estudo, oito em cada dez entrevistados afirmam que um sentido de comunidade os ajuda a ter um melhor desempenho no trabalho e 44% já se despediram de um emprego por causa de uma cultura tóxica.

Por fim, o Como é definido pelo estudo como as oportunidades geradas a partir do desenvolvimento de competências. O relatório apontou que, em 2024, 29% dos trabalhadores se demitiriam se não fossem oferecidas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento, enquanto em 2025 o percentual subiu para 41%, e 44% não aceitariam um emprego sem oportunidades de desenvolver competências relevantes para o futuro.

Fator motivador para o trabalho no cenário brasileiro

A pesquisa da Randstad revela que, no Brasil, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal está empatado como principais fatores de motivação para os trabalhadores brasileiros, o índice é de 92% para ambos os aspectos. No entanto, a flexibilidade dos horários de trabalho é um fator importante para 83% dos brasileiros, índice acima da média global de 73%.

Kaleb Costa observa que, no contexto do mercado brasileiro, as respostas refletem uma insatisfação crescente dos profissionais. “As políticas ultrapassadas ainda predominam no mercado de trabalho brasileiro. Fica evidente que muitas empresas precisam se modernizar e adaptar suas práticas às novas expectativas dos trabalhadores”.

O estudo também aponta que os trabalhadores brasileiros estão mais propensos a deixar um ambiente de trabalho tóxico do que a média global, já que o índice de brasileiros que se demitiram de um emprego devido a um ambiente de trabalho tóxico é de 53%, enquanto a média mundial chega a 44%.

Além disso, 58% dos entrevistados brasileiros afirmam que não aceitariam um emprego em uma empresa cujos valores sociais ou ambientais não estivessem alinhados com os seus. 

“No passado, o mercado de trabalho brasileiro era fortemente impulsionado por oportunidades salariais. Um aumento de apenas 10% oferecido por outra empresa já era, muitas vezes, suficiente para que um colaborador optasse por mudar de emprego”, lembra Costa.

Todavia, o especialista ressalta a importância da valorização dos colaboradores para a retenção de talentos. “Hoje, no entanto, com os efeitos da globalização e a evolução das relações de trabalho, as empresas que desejam reter bons profissionais precisam ir além da remuneração. Investir em inovação, bem-estar e valorização humana tornou-se essencial para construir ambientes mais atrativos e sustentáveis".

Para Costa, a adaptação contínua das políticas de gestão de pessoas é uma necessidade. "É fundamental que as empresas estejam dispostas a revisar e atualizar constantemente suas políticas de gestão de pessoas, desde a criação de um ambiente de trabalho mais flexível e inclusivo, até a implementação de programas de desenvolvimento profissional e pessoal que atendam às necessidades e expectativas dos colaboradores”.

O especialista alerta para que as empresas observem e aprendam com boas experiências e referências já consolidadas em outros mercados, especialmente aqueles que têm investido em inovação, bem-estar e valorização humana. Ele destaca um passo importante: identificar se as ações implementadas estão, de fato, promovendo um ambiente mais saudável e sustentável para os colaboradores.

"As empresas podem medir e avaliar o sucesso de suas iniciativas por meio de indicadores como taxa de absenteísmo e de turnover, de aplicação de pesquisas de clima organizacional e de satisfação, além do acompanhamento da adesão e uso efetivo dos benefícios relacionados ao bem-estar”, orienta o coordenador de Projetos da SISQUAL® WFM.

Para mais informações, basta acessar: sisqualwfm.com/

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