O partido, que já decidiu apoiar a reeleição Eduardo Riedel (PSDB) para o Governo do Estado, não estava na lista de prioridade do grupo tucano para a eleição do próximo ano, mas pode voltar ao jogo.
O grupo tucano, liderado por Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel (PSDB), pretende concentrar os aliados em, no máximo, três partidos, e o MDB não está, até o momento, nesta lista de prioridade para distribuição.
Com o Republicanos, a história pode mudar, por conta do tamanho que a sigla ficará, se tornando a terceira maior bancada da Câmara e, consequentemente, o maior tempo na propaganda e de dinheiro para campanha.
O MDB tem três deputados em Mato Grosso do Sul (Márcio Fernandes, Junior Mochi e Renato Câmara). Já o Republicanos tem um deputado, que preside o partido no Estado: Antônio Vaz.
A incerteza sobre o futuro do partido e a candidatura do ex-governador André Puccinelli (MDB) a deputado estadual acabou gerando incômodo em deputados, que não vêm grandes possibilidades de vitória na chapa montada.
A saída de Márcio Fernandes por exemplo, é dada como certa. Renato Câmara (MDB) teve uma conversa com André Puccinelli e, pelo menos por enquanto, deve continuar na composição para o próximo ano. Junior Mochi chegou a falar com algumas lideranças do interior que poderia sair, mas o grupo ligado a Puccinelli afirma que ele fica.
O MDB era o maior parceiro do PSDB no Estado, quando o ninho tucano era comandado por Marisa Serrano. Quando ela deixou a sigla, para assumir o cargo de conselheira no Tribunal de Contas, Reinaldo Azambuja (PSDB) assumiu e quis romper com a parceria, que tinha o MDB como protagonista e o PSDB como coadjuvante.
O primeiro embate aconteceu na Prefeitura de Campo Grande, em 2012, quando Reinaldo concorreu com Edson Giroto (MDB). Em 2014, enfrentou e venceu Nelsinho Trad (MDB) na disputa do Governo do Estado. A disputa continuou, com o embate entre Reinaldo e Mochi em 2018 e o próprio André Puccinelli contra Riedel em 2022.
Após 2022, lideranças dos dois partidos resolveram voltar a conversar e ajustaram parceria para 2026, assegurando que Puccinelli não seria candidato a governador mais e o partido apoiaria a reeleição de Riedel e Reinaldo para o Senado.
O acordo aconteceu na casa da ministra Simone Tebet (MDB), que também voltou a se aproximar de Puccinelli, após rompimento temporário. Simone foi candidata à presidência e Puccinelli ao Governo pelo MDB em 2022, mas sem nenhuma parceria. Os dois acertaram os ponteiros só após a campanha, quando Márcio Fernandes chegou a anunciar que concorreria à presidência. Puccinelli conversou com Simone e fecharam acordo para acabar com a briga. O escolhido para presidência foi o ex-senador Waldemir Moka, que neste ano acabou assumindo função estratégica no Governo do Estado.