Heitor Brites Oleksyw, da Escola Estadual Dom Aquino Corrêa, é um dos três sul-mato-grossenses premiados com ouro na maior olimpíada científica do país
No último dia 30 de junho, o Rio de Janeiro sediou a cerimônia nacional de premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), considerada a maior competição científica estudantil do Brasil.
Entre os 683 alunos de todo o país premiados com medalha de ouro, um dos destaques foi o sul-mato-grossense Heitor Brites Oleksyw, estudante da Escola Estadual Dom Aquino Corrêa, localizada no município de Amambai, no interior do Estado.
O estudante, que já havia conquistado medalha de bronze em edições anteriores, conta que sua trajetória com a OBMEP começou de forma despretensiosa.
“Quando fiz pela primeira vez, achei que era só uma das várias provas do governo, sem muita preocupação. Mas depois que ganhei bronze e fui descobrindo os benefícios que a OBMEP poderia me dar, passei a me dedicar mais aos estudos. No ano passado, fiz a prova novamente e me tornei um dos medalhistas de ouro”, compartilhou Heitor.
A experiência da premiação no Rio de Janeiro foi marcante para o jovem, que vê na OBMEP um divisor de águas em sua vida acadêmica.
“Essa semana tive a oportunidade de viajar para receber minha medalha, participar de vários eventos e conhecer novas pessoas. Foram experiências incríveis e inesquecíveis. Isso me ajudou a descobrir que, com dedicação, posso chegar a vários lugares. Foi muito gratificante poder dizer com muito orgulho que estou entre os melhores do Brasil”, completou.
A cerimônia contou com a presença de autoridades como a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o ministro da Educação, Camilo Santana, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Os medalhistas participaram de uma programação especial, com jantar de boas-vindas, sorteio de brindes, salão de jogos e palestra com o cientista Lucas Nissenbaum, do IMPA.
De acordo com o diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana, “há 20 anos a OBMEP alcança quase a totalidade do território nacional identificando talentos e incentivando o gosto pelo aprendizado da matemática. É cada vez mais comum que universidades utilizem o desempenho em olimpíadas como critério de seleção”.
Além do reconhecimento, os medalhistas da OBMEP têm a oportunidade de ingressar no Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), com aulas avançadas de matemática e bolsa mensal de R$ 300, oferecida pelo CNPq.
Jackeline Oliveira, Comunicação SED
Fotos: Arquivo pessoal