Isso porque o médico que se envolveu em uma confusão com a vereadora Isa Marcondes (Republicanos) procurou a Câmara para protocolar uma denúncia de possível quebra de decoro.
O médico, que no vídeo da vereadora fala diversas palavras de baixo calão, acusa a parlamentar de abuso de autoridade, exposição indevida, acusações sem prova contra servidor, ameaças em ambiente de trabalho e instigação pública a escracho contra profissional de saúde.
O médico afirma que a denúncia não se trata de pedido imediato de cassação, mas de apuração dos fatos. Ele afirma que não tem intenção de proibir a vereadora, desde que a função seja desempenhada com prudência, urbanidade, ética e respeito.
A vereadora Isa Marcondes gravou dois vídeos sobre o caso na rede social. Em um deles, convoca a população para ir à Câmara e classifica a denúncia como vazia.
“Compareçam na Câmara com a força de vocês, porque eu estou trabalhando por vocês e eles não querem que eu fiscalize e estão querendo me tirar agora. É uma denúncia vazia, mentirosa, porque tenho prova sobre esse médico que me perseguia já. Fui saber na hora que eu cheguei na delegacia, quem era ele”, declarou.
Em outro vídeo, a vereadora afirma que o médico persegue ela desde que ganhou a eleição. Ela diz que há um comentário, inclusive, que ele já estaria esperando ela em uma Unidade de Pronto Atendimento Comunitário. Isa afirma ainda que nem na zona foi tão xingada como na unidade de saúde e pede para o Conselho de Medicina fiscalizar os médicos que não querem trabalhar adequadamente.
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Outro pedido
No mês passado, a Câmara rejeitou outro pedido de comissão processante contra Isa Marcondes, alegando quebra de decoro pela exposição indevida e instigação à hostilidade.
Por 13 votos a seis, vereadores rejeitaram o pedido. Na ocasião, Votaram contra a abertura: Laudir Munaretto (MDB), Marcelo Mourão (PL), Cemar Arnal (PP), Alex Cadeirante (PSDB), Márcio Pudim (PSDB), Rogério Yuri (PSDB), Pedro Pepa (PSDB), Edson Souza (União), Dil do Povo (União), Karla Gomes (Podemos), Sargento Prates (PL), Dalton (PL) e Daniel Jr (PP).
Foram favoráveis: Franklin (PT), Elias Ishy (PT), Sérgio Nogueira (PSDB), Jânio Miguel (PP), Inspetor Cabral (PSD) e Ana Paula (Republicanos).
Na tribuna, antes da votação, a vereadora classificou a denúncia como vazia, afirmando que sempre é educada e conversa com os coordenadores das unidades. No discurso, pontuou que é dever fiscalizar órgãos públicos, maus-tratos contra população e horários dos servidores, que devem ser cumpridos para não deixar a população “a Deus dará na recepção, passando calor”.
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