Problemas com entregas afetam 67% dos consumidores, conforme mostra estudo da Descartes Systems Group, divulgado em 2025. O levantamento também indicou que 63% dos entrevistados que sofreram com falhas nas entregas decidiram tomar alguma medida que resultou em consequências negativas para o varejista ou para a empresa de logística. Além disso, estes problemas ainda desestimularam novas compras on-line de parte dos consumidores.
Para enfrentar esse desafio, uma multinacional do setor alimentício implementou uma reestruturação logística que além de aumentar a eficiência das entregas, ainda reduziu custos operacionais. A estratégia foi aplicada pela Massimo Consulting, especializada em projetos logísticos para o setor de bens de consumo de alto valor agregado. Essa implementação incluiu a revisão da malha logística, a otimização de processos, a atualização de indicadores de desempenho e a readequação do modelo de Transit Point. Como resultado, a empresa alcançou uma economia de 8% nos custos anuais de transporte.
O projeto foi executado em etapas bem definidas, começando com um mapeamento detalhado dos processos logísticos. “Esta análise inicial foi essencial para identificar as ineficiências e a necessidade de uma reformulação completa, com a realização de um novo BID de transporte — prática fundamental para atualizar os custos e explorar novas parcerias com fornecedores alinhados às necessidades do cliente. Para o BID, estruturamos um modelo de cobrança mais eficiente, reduzindo a tarifa fixa de 70% para 20% do custo total, com o restante atrelado ao quilômetro percorrido. Esta mudança não só incentivou rotas mais otimizadas, mas também promoveu uma remuneração mais justa para os transportadores”, explica Camila Affonso, sócia da Massimo Consulting.
Além das sugestões e direcionamentos, o time Massimo participou diretamente de todas as negociações, suportando o cliente com argumentos e dados e direcionando a discussão para resultados não só positivos, mas também sustentáveis. Através de um processo de negociação estruturado, foi possível reduzir cotações de algumas rotas em mais de 30% em relação às primeiras propostas.
“Nosso foco foi identificar oportunidades de economia em cada item de custo, negociando com base em uma análise profunda de componentes como mão de obra, combustível e custos de manutenção. Com essa abordagem técnica, conseguimos não só reduzir custos, mas também agregar um nível de controle e previsibilidade que o cliente ainda não havia explorado”, relata Eduardo Muniz, consultor da Massimo.
Além da economia, a Massimo também introduziu a possibilidade de transporte compartilhado em áreas de difícil acesso, uma prática antes limitada pelo modelo de transporte dedicado. “Esta alteração trouxe uma sinergia eficiente, preservando a qualidade do serviço nas áreas de maior relevância, onde o dedicado se mantém pela necessidade de controle rígido e cumprimento de agendamentos — um ponto de destaque nas pesquisas internas de satisfação entre os franqueados do cliente,” explica Eduardo Muniz.
Camila Affonso acrescenta que a estratégia e execução deste projeto representam um marco de eficiência logística no setor alimentício de alto valor agregado, impactando diretamente a competitividade do cliente e comprovando a importância de revisões periódicas nos processos de transporte em um mercado altamente dinâmico e competitivo.
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