Frequentadores de academia costumam se perguntar se é mais eficaz treinar com aparelhos ou com pesos livres. A escolha depende de diversos fatores, como o nível de experiência, os objetivos do treino e o histórico de lesões de cada pessoa.
“O que chamamos de musculação é, na essência, um treinamento de força. E para isso, precisamos vencer alguma forma de resistência, que pode vir tanto de uma máquina quanto de pesos livres ou até do próprio peso do corpo”, explica, Cacá Ferreira, gerente técnico corporativo da Companhia Athletica.
Abaixo, o profissional elenca as diferenças:
Aparelhos
Pesos livres
Quando optar por aparelhos
Os aparelhos são ótimas opções para quem está começando, para quem está em recuperação de lesões ou para quem precisa de mais controle no movimento. “Um bom equipamento guiado direciona o corpo de forma segura e reduz o risco de execução errada, principalmente para quem ainda está aprendendo os fundamentos do treino”, afirma o especialista.
Além disso, os aparelhos podem ser úteis quando o aluno não se adapta a um exercício livre ou quando não há uma opção de peso livre que trabalhe o músculo desejado com segurança.
Quando escolher os pesos livres
Já os pesos livres tendem a ser mais indicados para quem busca mais variedade de estímulos, trabalha com performance esportiva ou quer evoluir em movimentos funcionais. “Muitas vezes, o que queremos com o treinamento só é alcançado com exercícios livres, principalmente no caso de atletas ou pessoas com experiência e bom controle motor”, diz Cacá.
Eles também permitem um maior número de combinações e movimentos mais naturais, o que pode contribuir para o desenvolvimento da força em situações do dia a dia.
Eficácia depende do objetivo e da execução
A eficácia, no entanto, não está no tipo de equipamento em si, mas em como ele é usado. O especialista alerta que alguns aparelhos, embora populares, podem ter ativação muscular baixa ou até trabalhar o músculo errado para o que se propõem. Já pesos livres mal-executados aumentam o risco de lesão.
Por isso, a orientação de um profissional faz toda a diferença. “O professor saberá avaliar a condição física, o objetivo, a saúde e a experiência da pessoa para indicar o melhor tipo de exercício”, aconselha Cacá.
O gerente técnico corporativo da Companhia Athletica reforça que os dois têm lugar no treino — e a melhor escolha depende do corpo, fase de treinamento e objetivos de cada um. Com a orientação certa, ambos os métodos podem ser eficazes, seguros e complementares.