O ex-governador André Puccinelli, um dos líderes do MDB em Mato Grosso do Sul, não está disposto a obedecer a estratégia adotada por Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) para eleição do próximo ano.
A dupla de líderes do PSDB traçou estratégia de lançar apenas três chapas para eleição do próximo ano. Nesta conta, entrariam o PL (novo partido de Reinaldo), PP (para onde deve ir Riedel) e mais um partido.
O MDB estaria no projeto na sonhada federação com o Republicanos e o PSDB, que dificilmente deve sair do papel. Todavia, o ex-governador, André Puccinelli, não está disposto a seguir a cartilha de Reinaldo e Riedel.
“Nós, com federação ou não, teremos chapa de federal e estadual. Com federação ou sem, o MDB fará quatro estaduais e um federal. Com federação, faremos seis, sendo dois do Republicanos”, projetou o ex-governador.
Indagado sobre a possibilidade de ficar fora do grupo, por conta da estratégia de Reinaldo e Riedel, Puccinelli pontuou que estariam liberados. “Se não nos quiserem e houver um bom acordo de interesse do MDB, estaremos liberados”, declarou.
Questionado se essa liberação significaria apoiar outro candidato, o ex-governador destacou a possibilidade de candidatura própria. “Ou, termos candidaturas próprias aos cargos majoritários”.
Atualmente, o MDB tem três deputados estaduais, mas deve perder pelo menos um na janela partidária. O deputado Márcio Fernandes já avisou que deve deixar a sigla na janela para seguir Reinaldo e Riedel. Ele não descarta ficar, mas para atender a um pedido do grupo tucano.
Puccinelli e o MDB fizeram um acordo, logo após a eleição de 2022, de apoiarem a reeleição de Riedel e a candidatura de Reinaldo ao Senado. O acordo foi fechado quando uma ala do MDB, comandada por Simone Tebet, e com Márcio Fernandes de candidato, ameaçava concorrer à presidência contra o grupo liderado por Puccinelli.
A possível disputa levou à busca por um entendimento e teve como desdobramento a pacificação entre Simone e Puccinelli, que estavam com a relação estremecida. Na reunião, decidiram que o MDB voltaria a ser parceiro do PSDB, após enfrentamentos na eleição de 2018 e 2022 para o Governo do Estado.
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