A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) concedeu habeas corpus ao empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da empreiteira Proteco, e réu por corrupção e lavagem de dinheiro.
Amorim é considerado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, como um dos chefes do esquema criminoso investigado na Operação Lama Asfáltica.
A decisão foi concedida em um dos três pedidos de soltura de Amorim que tramitam na corte, responsável pela Justiça Federal dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O autor do pedido é o advogado Alberto Zacharias Toron.
Até o fechamento da edição, o alvará de soltura de Amorim ainda não havia sido concedido e transmitido às autoridades penitenciárias de Mato Grosso do Sul. Amorim está preso há mais de 1 ano no Centro de Triagem de Campo Grande. A previsão é que ele seja libertado na manhã desta terça-feira (28).
HISTÓRICO
Os prejuízos decorrentes de fraudes e propinas envolvendo empresários e servidores públicos de Mato Grosso do Sul investigados na Operação Lama Asfáltica são de quase meio bilhão de reais. A operação, do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB), começou em 2015.
As empresas investigadas são do ramo de pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta e limpeza pública, entre outros.
Neste período, pelo menos 15 pessoas foram para cadeia, mas acabaram liberadas em seguida. A polícia também apreendeu centenas de documentos. Na ocasião, o prejuízo calculado foi de R$ 11 milhões em obras executadas pelas empresas.
Somando-se todas as seis fases da Operação lama Asfáltica as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa passam dos R$ 432 milhões.
*Correio do Estado
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