Destaques
Foi um início muito ruim do Brasil. Até o segundo set, nem Gabi, nem as opostas Paula Borgo e Lorenne haviam pontuado. A falta de pontaria do lado de cá era um contraste à eficiência de Malwina Smarzek, melhor jogadora da partida. A polonesa saiu de quadra com 28 pontos. Stysiak, com 14, e Kakolewska, com 12, também foram importantes para a vitória do time europeu.
Quando tudo indicava um 3 a 0 seco, Bia abriu caminho para a reação. A central acabou o jogo como a maior pontuadora do Brasil: foram 16 pontos, sendo oito de ataque, sete de bloqueio e um de saque. Gabi, muito mal no início, cresceu na reta final e fechou a partida com 15 pontos. Tainara, que começou mal como titular, voltou à quadra no terceiro set e também se destacou, com 11 pontos.
A reação ficou no quase
Um ataque para fora de Alagierska para fora abriu a contagem. Mas o time brasileiro ainda parecia adormecido no início do jogo. Até com certa facilidade, a Polônia abriu 6/3 no placar. À beira da quadra, Zé Roberto focava toda sua irritação na árbitra turca Nurper Ozbar. As reclamações renderam um cartão amarelo ao técnico logo de cara. A punição, porém, pareceu acordar o Brasil, que chegou ao empate pelas mãos de Tainara, surpresa da escalação desta quarta. A virada veio em um desafio bem feito pedido por Zé Roberto, abrindo 9/8 no placar.
A Polônia voltou à frente em pouco tempo, mas o Brasil não demorou a empatar mais uma vez. Os erros dos outros jogos ainda estavam ali, mas o bloqueio ao menos funcionava. O problema é que também funcionava do lado de lá. Foram dois seguidos, em cima de Tainara e Lorenne. Logo depois, o passe também desandou, e a Polônia abriu 20/17. Zé parou o jogo e tentou arrumar a casa. Não conseguiu. A seleção ainda ameaçou uma reação, mas viu o set escapar no saque na rede de Julia Bergmann: 25/20.
Polonesas festejam ponto em vitória contra o Brasil — Foto: Divulgação/FIVB
A maior dificuldade estava mesmo na definição. Com um jogo mais previsível e com problemas na recepção, a seleção ia mal no ataque. Gabi foi pontuar pela primeira vez apenas no segundo set. Paula e Lorenne, as duas opostas, estavam zeradas àquela altura. Com suas falhas escancaradas, o Brasil viu a Polônia abrir 21/17. Na marra, conseguiu voltar ao jogo e diminuiu a diferença para apenas um ponto (21/20). A reação parou por ali. Tudo voltou a desandar, e a Polônia fechou em 25/22.
A seleção sentiu o impacto. Na volta da quadra, a Polônia abriu 5/0 sem muito trabalho. Era uma equipe inerte àquela altura. A flama de vibração veio pelas mãos de Bia. A central, melhor jogadora do time de Zé Roberto nesta quarta, aparecia bem no ataque e era ainda mais fundamental no bloqueio. Foi ela quem fez a diferença encurtar. Aos trancos e barrancos, chegou ao empate depois de um erro polonês.
A arbitragem também estava confusa. Tanto que o jogo chegou a ficar parado por mais de cinco minutos depois de ponto do Brasil por quatro toques das rivais. Para o desespero de Zé Roberto, a jogada voltou. Mas, se faltava na técnica, sobrava na luta. No ataque de Gabi, fim de set, e a seleção seguiu viva na partida: 28/26.
Gabi cresceu no decorrer do jogo — Foto: FIVB
Só que o Brasil voltou mal mais uma vez. A Polônia abriu 5/1, e Zé Roberto pediu tempo logo no início do set. Gabi, aos poucos, cresceu e fez a seleção reagir. No ataque de Tainara, o empate em 10 a 10. Mas a equipe brasileira parece gostar de altos e baixos. Abriu caminho e viu as rivais abrirem 14/11 depois de Tainara ficar no bloqueio. Mais uma volta por cima e, pronto, Gabi, com dois pontos seguidos, fez o Brasil passar à frente com 16/15.
O início do tie-break não foi nada bom. A Polônia abriu 6/1 ao explorar os mesmos erros brasileiros de antes. O Brasil voltou a ensaiar a reação pelas mãos de Gabi e Tainara, mas as europeias abriram vantagem mais uma vez, com 10/4. Zé Roberto parou o jogo em sua última tentativa de levar o time de volta à briga. Não conseguiu: 15/9, para a festa polonesa.
Escalações:
Brasil: Macris, Paula Borgo, Mara, Bia, Gabi e Tainara. Líbero: Léia. Entraram: Roberta, Lorenne, Amanda, Julia Bermann e Mayany.
Polônia: Alagierska, Kakolewska, Stysiak, Medrzyk, Plesnierowicz e Smarzek. Líbero: Maj-Erwardt. Entraram: Grajber, Rozanski.
Confira a tabela de classificação: