A ofensiva do grupo está animando o bolsonarismo mais raiz, que voltou a alimentar o desejo de uma candidatura própria.
Nos Estados Unidos, o deputado partiu para o “tudo ou nada” e lidera o movimento que acusa o Brasil de ditadura. Eduardo se licenciou do mandato para passar um período nos Estados Unidos e foi decisivo para o anuncio do tarifaço imposto por Donald Trump, que inclusive citou a “perseguição” a Bolsonaro como um dos motivos de tarifar os produtos do país em 50%.
Eduardo afirma que só a anistia ampla poderá fazer os Estados Unidos rever a taxação. Firme no propósito de tudo ou nada, criticou a comissão do Senado que vai aos Estados Unidos na busca de um acordo. O deputado curtiu um post que acusava ex-ministros de Bolsonaro de traidores da Pátria por tentarem um acordo.
A comissão tem como integrantes a senadora Tereza Cristina (PP) e o senador Nelsinho Trad (PSD), que podem participar do mesmo grupo para a eleição do próximo ano.
Tereza é cotada para ser vice-presidente, mas não precisa disputar a eleição do próximo ano, porque tem mandato no Senado até 2028. Já Nelsinho dependerá do grupo político para ser o segundo nome para o Senado.
Reinaldo Azambuja é um dos escolhidos e Nelsinho quer ser o segundo, mas dependerá de uma decisão que passará por Reinaldo, Eduardo Riedel, a própria Tereza e Jair Bolsonaro.
O ex-presidente não se posicionou sobre a comissão que vai para os Estados Unidos, mas se seguir o filho, pode impor restrições ao nome de Nelsinho.
No momento, no próprio grupo bolsonarista, há muita dúvida se a estratégia de Eduardo não seria suicida, mas há quem admire a postura dele, por entender que cedo ou tarde o pai seria preso.
Candidatura ao Governo
Reinaldo Azambuja, que em breve deve comandar o PL no Estado, não se posicionou sobre as medidas impostas a Bolsonaro, sinalizando que não deve seguir o comportamento da maioria no PL.
Dentro do partido, há quem se posicione contra a filiação de Reinaldo e ainda tem esperança de candidatura própria. Na reunião do PL com deputados de MS, antes do acerto com Reinaldo, João Henrique Catan e Marcos Pollon foram citados como possíveis nomes para o parido na disputa com o Governo. Todavia, com o acerto da filiação de Reinaldo, a candidatura foi enterrada.
Com os novos capítulos e a entrada de Eduardo no jogo, o nome de Pollon surge como opção em caso de rompimento com o grupo tucano. Amigo de Eduardo Bolsonaro, ele já declarou a pessoas próximas que encararia a missão de disputar o governo.
Pesa para a decisão a desconfiança sobre os rumos do partido quando passar para as mãos de Reinaldo, alvo de críticas de Pollon no período que comandou o PL em Mato Grosso do Sul.
Questionado sobre uma possível candidatura, o deputado não descartou, mas disse que ainda é cedo para falar da próxima eleição.
Pollon é filiado ao PL, que será comandado em breve por Reinaldo, mas recebeu convite para ser candidato ao Senado ou Governo no Partido Novo.
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