Prefeitura de Dourados, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, abraçou programa solidário que visa o atendimento especializado à criança e ao adolescente, na modalidade de acolhimento familiar
Secretária Shirley Flores Zarpelon destaca que trabalho conjunto gerou interesse de famílias e as próximas etapas do programa serão avaliações e curso de capacitação. Foto: A. Frota
As famílias douradenses atenderam ao chamado de solidariedade e o número de inscritos no Programa Família Acolhedora superou as expectativas. Conforme dados da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), 29 famílias foram inscritas e a expectativa é ampliar o atendimento aos menores em situação de violação de direitos e de violência.
O resultado é fruto de um trabalho conjunto da gestão municipal e da Equipe do Serviço Família Acolhedora. “Trabalhamos intensamente para demonstrar à toda sociedade a importância dessa ação, nosso prefeito Marçal Filho também abraçou e divulgou essa ação e vemos que a população entendeu esse chamado solidário” diz a secretária municipal de Assistência Social, Shirley Flores Zarpelon.
A Semas faá a avaliação técnica das famílias cadastradas, avalia a documentação e encaminhará as selecionadas para o Curso de Formação. O Programa conta com o apoio do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e visa que as famílias aptas acolham temporariamente crianças e adolescentes que, por determinação judicial, precisam ser afastados do convívio com seus responsáveis, devido à violação de direitos.
Essa iniciativa tem uma importância especial, porque nem sempre as crianças e adolescentes vítimas de violência ou de abusos encontram um abrigo ideal para se recuperar dos traumas. “A expectativa é que os inscritos apresentem os critérios para que possam ser habilitados e estamos bem positivos, que o número de famílias habilitadas aumentem”, destaca a secretária de Assistência Social, Shirley Flores Zarpelon.
Entre os menores acolhidos existem casos de abandono, maus-tratos, abuso sexual, negligência grave ou cujas famílias ou responsáveis encontram-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção. Dourados conta com quatro crianças acolhidas pelo serviço atualmente. Diante do número de crianças e adolescentes institucionalizados, e índice de violação de direitos/violência, bem como as novas famílias que forem consideradas aptas, esse número pode aumentar.
As famílias acolhedoras recebem um subsídio para auxiliar nos gastos com a criança ou adolescente acolhido, conforme regras pré-estabelecidas em edital. Vale ressaltar ainda requisitos destacados no edital como ser maior de 21 anos, garantir condições mínimas de habitação à criança ou ao adolescente, possuir disponibilidade de tempo e interesse.
FAMÍLIA ACOLHEDORA
O Programa Família Acolhedora, promovido pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), visa oferecer um lar temporário para crianças e adolescentes que foram afastados de suas famílias de origem por decisão judicial. O programa busca garantir o direito à convivência familiar e comunitária, priorizando o acolhimento em família em detrimento do abrigo institucional, quando possível.
É um serviço de proteção social que organiza o acolhimento temporário de crianças e adolescentes em famílias previamente cadastradas e capacitadas. O objetivo é proporcionar um ambiente familiar seguro e acolhedor, com atenção individualizada e construção de vínculos afetivos, até que a criança ou adolescente possa retornar à sua família de origem ou, em casos excepcionais, ser encaminhado para adoção.
O Família Acolhedora garante o direito à convivência familiar e comunitária, priorizando o acolhimento familiar em relação ao institucional. Além disso, a iniciativa oferece um ambiente seguro e acolhedor para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a construção de vínculos afetivos e o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.