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Informação validada guia pais e evita diagnóstico online

Cerca de 62% dos brasileiros confiam em informações geradas por IA; no entanto, diagnósticos incorretos podem atrasar atendimento médico. Pediatra ...

06/08/2025 às 13h40
Por: Tribuna Popular Fonte: Agência Dino
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Imagem de Freepik
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Ferramentas de inteligência artificial generativa, como ChatGPT, Gemini e Copilot, já foram utilizadas por 93% dos brasileiros conectados à internet, segundo pesquisa da Conversion em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em maio de 2025, e divulgada pela Forbes Brasil.

A principal vantagem percebida no uso da IA é a economia de tempo, apontada por 71,2% dos respondentes, que utilizam a tecnologia para buscar informações, executar tarefas profissionais e aprender novos assuntos. Segundo o estudo, a confiança nas respostas geradas por IA é de 62% e em buscadores tradicionais 65,2%.

Dra. Juliana Reges, médica pediatra e CEO da plataforma de cuidado e bem-estar infantil KidZenith, ressalta que entre os usuários estão pais em busca de diagnósticos ou orientações médicas, e alerta sobre os principais riscos dessa prática para a saúde infantil.

“A internet nem sempre considera o contexto clínico individual da criança, o que pode levar os pais a subestimar sintomas graves ou, ao contrário, entrarem em pânico por algo simples. O principal risco é o autodiagnóstico equivocado, que pode atrasar o atendimento médico adequado”, avalia a médica.

De acordo com a especialista, as informações médicas obtidas online frequentemente mal interpretadas pelos pais envolvem vacinas, medicação, febre, alimentação, imunidade e suplementação com vitaminas. Além disso, a médica pontua que o país enfrenta um momento delicado na cobertura vacinal, agravado pela circulação de fake news.

“Por exemplo, há pais que acreditam que todo quadro de febre requer antibiótico, o que pode causar resistência bacteriana se usado de forma inadequada. Também há equívocos em relação à introdução alimentar, como dietas muito restritivas ou medo excessivo de certos alimentos. Isso pode levar a deficiências nutricionais ou comportamentos alimentares difíceis de reverter”, pontua Reges.

Desinformação e pediatria na era digital

A pediatra destaca que a busca por diagnóstico por meio de ferramentas digitais pode levar a sites não confiáveis ou conteúdos virais que não têm base científica: “Isso pode gerar confusão e decisões arriscadas. Crianças são organismos em desenvolvimento, e qualquer erro de conduta pode ter impactos sérios e duradouros”.

Reges orienta a buscar fontes assinadas por médicos ou instituições de referência, como sociedades pediátricas, universidades e hospitais reconhecidos como medida para identificar fontes confiáveis de informação médica.

É importante evitar conteúdos sem autoria, com promessas milagrosas ou linguagem alarmista. Redes sociais podem ser fontes úteis, desde que o profissional seja registrado, atualizado e comprometido com a ciência. E sempre que surgir uma dúvida, o melhor caminho ainda é conversar com o pediatra da criança”, lembra a profissional.

Para a especialista, o pediatra hoje tem um papel ampliado, como educador, curador de informações e guia digital. Segundo ela, o profissional precisa acolher essa realidade e orientar os pais a usarem a internet como aliada, e não como substituta da consulta.

“É papel do pediatra explicar o que está por trás das fake news, desmistificar mitos e indicar fontes seguras. O vínculo de confiança com a família continua sendo insubstituível, e agora inclui também o campo digital”, aponta Reges.  

A CEO da KidZenith acredita que a IA pode ser uma aliada do pediatra quando usada de forma responsável e supervisionada. Para ela, a tecnologia pode aumentar a eficiência no atendimento, otimizar o tempo, apoiar na triagem de sintomas, sugerir condutas baseadas em evidências, ajudar no acompanhamento de rotinas pediátricas e a ter um olhar personalizado para cada criança.

“Todavia, a tecnologia nunca poderá substituir o olhar humano, a escuta sensível e a interpretação clínica que envolvem nuances emocionais, sociais e familiares. A IA é uma ferramenta, não uma solução isolada”, destaca a especialista.

KidZenith: IA com validação pediátrica

Iniciativas como a da KidZenith, que revisa conteúdos por pediatras certificados, podem ajudar os pais a obterem dados confiáveis. A pediatra ressalta que a medida não substitui a consulta presencial, mas é uma forma de democratizar a orientação de qualidade, sem perder a essência do cuidado individual.

“Sabemos que a primeira reação de um pai diante de um sintoma é pesquisar. Com o objetivo de ajudar os pais a se sentirem mais seguros, informados e preparados para cuidar melhor, criamos um ambiente onde podem encontrar informações acessíveis, claras e validadas por pediatras experientes com responsabilidade e segurança”, explica.

Para a pediatra, a missão dos profissionais de saúde é acolher essa nova realidade — em que os pais estão mais conectados, mas também mais ansiosos e sobrecarregados —, ensiná-los a usar a tecnologia a favor e ajudar as famílias transitarem pelo ambiente digital de informações com mais consciência e segurança.

Para mais informações, basta acessar: http://listadeespera.kidzenith.com.br/

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