O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) usou as redes sociais nesta quarta-feira, 6 de agosto, para refutar a interpretação de que teria dirigido ofensas ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou ao presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto. Segundo ele, o alvo de seu discurso inflamado do fim de semana são “ratazanas escondidas” no diretório sul-mato-grossense, participantes de uma aliança local que, a seu ver, trai os princípios da sigla. No vídeo, Pollon desafia veículos que noticiaram o episódio a apontar qualquer menção depreciativa a Bolsonaro ou Valdemar, destacando inclusive que o deputado Eduardo Bolsonaro compartilhou o conteúdo sem ressalvas.
A polêmica teve origem em um ato público no qual Pollon atacou dirigentes favoráveis à entrega do comando estadual do PL ao ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Visivelmente exaltado, ele classificou os articuladores da manobra como “canalhas” e afirmou não temer eventuais punições ou expulsão. Relembrando o episódio, Pollon disse que a “rataiada” teme seu “potencial político” porque, nas palavras dele, “malandro não tem vez comigo”. O parlamentar já havia se insurgido contra a aliança no ano eleitoral de 2022, quando presidia o diretório regional e preparava candidaturas próprias; à época, Bolsonaro selou acordo com Azambuja e retirou Pollon da liderança partidária.
Além de contestar o noticiário, o deputado reiterou que não recuará de sua posição de romper a aproximação com o PSDB, legenda histórica adversária de seu grupo político. Ao classificar a fusão de forças como “entrega do PL à porcaria do PSDB”, Pollon sustenta que a base conservadora do Estado reprova a iniciativa e que continuará denunciando o que considera “venda de esperança e futuro” dos eleitores sul-mato-grossenses. O episódio expõe um racha interno que pode se aprofundar às vésperas das eleições municipais, deixando o partido dividido entre quem defende fidelidade ao bolsonarismo puro e quem aposta em alianças pragmáticas para ampliar espaço de poder.
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