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Pollon provoca comissão que pode suspender mandato por seis meses
Na defesa, Pollon alegou que os atos são protegidos pela Constituição e não configuram quebra do decoro
23/08/2025 08h30
Por: Tribuna Popular Fonte: Investiga MS
Foto: Divulgação

O deputado federal Marcos Pollon (PL) encaminhou para Corregedoria da Câmara Federal a defesa dele em representações que podem custar o afastamento do mandato por seis meses, após ocupação da mesa diretora e discurso contra o presidente da Câmara, Hugo Mota.

O deputado disse que o ato foi simbólico, em defesa da anistia, e que outros parlamentares já fizeram manifestações semelhantes. Além disso, disse que não havia lei específica para o ato praticado.

Ao final, ainda fez uma espécie de provocação, pedido para que, em caso de condenação, lhe entreguem impresso em um bom papel.

“Em caso de aplicação de qualquer pena, o que se admite apenas em grau de argumentação, requer que a referida decisão seja impressa em papel linho couchê dada a solenidade e relevância do ato”, declarou.

Na rede social, com lágrima nos olhos, o deputado justificou que o papel é mais bonito e colocará em um quadro para que os filhos, ao passarem, tenham a certeza que “em momento de crise, o pai deles não se acovardou e não se omitiu”.

Os deputados federais de Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT) e Marcos Pollon (PL), estão na lista de 14 deputados que foram denunciados à corregedoria pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Treze deputados, incluindo Pollon, responderão pela obstrução da sessão, e Camila por suposta agressão ao deputado Nikolas Ferreira (PL).

Pollon é Camila têm grandes chances de pegarem as punições mais severas, de seis meses de suspensão. No caso de Camila, se comprovado a agressão, que ela nega.

Já Pollon, além de ocupar a mesa diretora, impedindo o acesso, ainda pode ser punido por ofensa ao presidente, Hugo Motta, durante manifestação em Campo Grande.

“A anistia está na conta da p… do Hugo Motta. Nós queremos colocar o povo para enfrentar o Alexandre de Moraes, mas nós não podemos peitar o bosta do Hugo Motta, um baixinho de 1,60m″, declarou.

Os deputados bloquearam a sessão por 30 horas e só liberaram na quarta pela manhã, após muita confusão.