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Quanto mais rico, mais magro: estudos revelam a nova obsessão da elite

Enquanto a elite global transforma a magreza em status, as classes mais baixas enfrentam os efeitos do ultraprocessado e da falta de tempo

23/08/2025 às 09h23
Por: Tribuna Popular Fonte: Not Journal AI
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A magreza como luxo: por que ser rico significa ter menos gordura. (Foto: Shutterstock)
A magreza como luxo: por que ser rico significa ter menos gordura. (Foto: Shutterstock)

Pesquisas recentes mostram uma correlação clara entre renda e índice de massa corporal: quanto mais alto o nível socioeconômico, menor a probabilidade de obesidade — especialmente em países desenvolvidos.

Um estudo nos Estados Unidos revelou que pessoas com menor patrimônio líquido tinham entre 40% e 89% mais risco de obesidade em comparação aos mais ricos, efeito ainda mais forte entre mulheres (PMC, 2019). Já uma análise global indica que, em países ricos, maior poder aquisitivo está associado a mais magreza e menor risco de obesidade, enquanto em países em desenvolvimento o padrão pode se inverter (BMC Endocrine Disorders, 2022).

Além disso, quem tem dinheiro dispõe de acesso privilegiado à nutrição: consultas com nutricionistas de ponta, médicos especializados, programas de bem-estar personalizados e até chefs particulares que garantem refeições equilibradas e saudáveis. Essa estrutura cria uma vantagem enorme frente à população geral, que depende de alimentos mais baratos, calóricos e ultraprocessados.

Outro fator determinante é a pressão social. No universo da elite, a aparência funciona como credencial de status, e engordar pode significar perder prestígio dentro da própria bolha. O corpo magro é visto não só como sinônimo de saúde, mas também como reflexo de disciplina, autocontrole e sucesso. Essa vigilância entre pares reforça padrões estéticos ainda mais rígidos do que os impostos pela sociedade em geral.

Na Alemanha, pesquisas já mostraram que crianças de famílias com menor escolaridade tinham até três vezes mais chance de serem obesas do que aquelas de famílias mais escolarizadas (Wikipedia – Social Determinants of Obesity). Isso reforça como não apenas o dinheiro, mas também a educação e o círculo social, moldam hábitos de vida.

Assim, ser magro deixou de ser apenas uma questão de saúde: tornou-se um símbolo de privilégio e pertencimento de classe. Enquanto a elite global cultiva corpos enxutos em academias exclusivas e clínicas de alto padrão, as classes mais baixas seguem presas a condições de vida que favorecem o sobrepeso — escancarando mais uma faceta da desigualdade.

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