O Partido dos Trabalhadores (PT) terá dificuldade e dependerá do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conseguir emplacar um candidato ao Governo do Estado e garantir um palanque para eleição presidencial. O motivo? a falta de interesse de filiados ao partido.
Atualmente, o partido concentra as fichas no ex-deputado federal Fábio Trad (PT), recém filiado ao partido. Todavia, Fábio já avisou que pretende concorrer a uma das vagas para a Câmara Federal. Apesar de não querer, ele foi convencido pelo diretório nacional a não fechar as portas para essa possibilidade, pelo menos até o final deste ano.
A esperança é de que o presidente Lula lhe convença a ser o candidatos. Caso não consiga, também precisará partir de Lula a missão para outros integrantes, dada a resistência dos candidatos mais conhecidos.
Na posse como presidente do PT em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Vander Loubet (PT) disse que o partido terá candidato ao Governo e convocou os deputados Zeca do PT e Pedro Kemp (PT) para colocarem o nome à disposição, mas não empolgou. Os deputados não têm interesse na disputa ao Governo e preferem tentar a reeleição.
Candidato ao Senado pelo PT em 2022, o professor Tiago Botelho (PT) também é alternativa no partido, mas reforça o interesse em concorrer a deputado estadual. Indagado sobre alternativas, caso Fábio não seja o candidato do partido, Botelho citou deputados e até a vereadora da Capital, Luiza Ribeiro (PT).
“Serei candidato a deputado estadual e não pretendo ser candidato a governador. Penso que Kemp, Luiza ou o próprio Zeca podem ser candidatos, mas se o presidente Lula precisar de mim para ser candidato a governador, para defender o nosso projeto no Mato Grosso do Sul, posso construir com o PT. Sem candidato a governo não ficaremos! O PT de MS terá candidatura a governador”, afirmou.
Atualmente, o grupo demonstra mais interesse no Senado, onde tem como pré-candidatos o deputado Vander e a senadora Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e Orçamento de Lula.
Na eleição de 2022, o PT também não teve os puxadores de voto do partido na majoritária. Disputou com os então desconhecidos Botelho (Senado) e Giselle Marques (PT) para o Governo do Estado, onde priorizou defender a candidatura de Lula, com o famoso “junto com Lula, 13”.
O PT estava na base de sustentação de Riedel até o mês passado, quando decidiu sair e organizar candidatura própria. O grupo tinha esperança de ver Eduardo Riedel (PP) abrindo palanque para Lula, mas após vários sinais de que não conseguiria, resolveu largar a parceria.
A gota d’água foi a crítica de Riedel à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Após o episódio, o partido anunciou que saiu da base e entregou os cargos. Entretanto, até o momento os comissionados do partido não foram exonerados.