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Tarifaço desafia empresas brasileiras a se reinventarem

Organizações devem ver o momento atual não apenas como sinônimo de instabilidade e contenção, mas como oportunidade de reinvenção estratégica, defe...

04/09/2025 às 14h37
Por: Tribuna Popular Fonte: Agência Dino
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Imagem de Freepik
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O dia 6 de agosto marcou o início oficial da cobrança da tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre parte das exportações brasileiras, incluindo itens como café, carnes e frutas.

No cenário mais pessimista, sem que nenhuma medida governamental de redução de danos seja tomada, o Brasil corre risco de perder até 726 mil empregos no período de um ano. A previsão é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Diante da tensão comercial e diplomática entre os países, diferentes empresas precisaram rever seu planejamento para preservar os negócios e minimizar as perdas causadas pelas tarifas.

Em momentos como esse, negócios que apenas apertam o orçamento, sem investir em inteligência de mercado, requalificação de equipes ou redesenho logístico, tendem a perder relevância. É nisso que acredita Alexandrine Brami, CEO e co-fundadora do Lingopass.

"O erro mais comum é a reação de curto prazo baseada exclusivamente em corte de custos, sem revisão estrutural do modelo de negócios. Outro erro é ignorar o fator humano: comunicação falha com clientes, colaboradores e parceiros pode custar mais que a própria tarifa", afirma Alexandrine Brami.

Entre as ações que as empresas podem tomar, a executiva cita a diversificação de mercados e cadeias de suprimento, o mapeamento de riscos regulatórios e tarifários com inteligência preditiva e o investimento em capacitação e fluência intercultural das equipes, tornando-as aptas a operar em múltiplos mercados.

O último ponto é a especialidade do Lingopass, destaca Alexandrine Brami. "Além de competências técnicas e operacionais, o diferencial está nas chamadas soft skills globais. O foco do trabalho que realizamos no Lingopass é ajudar empresas a formarem times prontos para operar em contextos voláteis e internacionalizados", pontua.

Na sua visão, o mercado precisa cada vez mais de profissionais capazes de se comunicar com fluência em diferentes idiomas, atuar em ambientes multiculturais, liderar remotamente com eficiência e ter inteligência emocional ao lidar com incertezas, como a provocada pelas tarifas dos Estados Unidos.

"No Lingopass, temos acompanhado diariamente esse movimento. Cada vez mais empresas brasileiras — e multinacionais com atuação local — entendem que o diferencial competitivo está em profissionais com essas capacidades. Saber inglês ou espanhol hoje já não é um diferencial; é pré-requisito", argumenta Alexandrine Brami.

Ela avalia que o Brasil tem capacidade de conseguir superar o impacto das tarifas norte-americanas e liderar um novo ciclo produtivo regional. Com mercado interno robusto, acordos regionais como o Mercosul, infraestrutura em modernização e capital humano multilíngue, o país pode se consolidar como hub logístico e produtivo para a América Latina, acredita.

"Além disso, setores como alimentos processados, bioenergia, tecnologia da informação e papel e celulose têm enorme potencial de expansão, tanto para substituir fornecedores asiáticos quanto para atender a mercados que exigem rastreabilidade, sustentabilidade e estabilidade política", diz.

A exemplo, governos do Brasil e índia, país que também foi alvo das novas tarifas dos Estados Unidos, têm estreitado laços comerciais, visando aproveitar o cenário para diversificar e fortalecer laços comerciais, reduzindo o impacto das barreiras impostas pela Casa Branca. Ambos concordaram em aprofundar a integração econômica e expandir a cobertura do acordo de comércio preferencial entre Mercosul e Índia.

A iniciativa Alexandrine Brami defende ainda que as empresas não vejam o cenário atual apenas como sinônimo de retração, instabilidade e contenção. Na sua visão, ele pode ser uma oportunidade única de reinvenção estratégica.

"Para a reinvenção acontecer, as empresas não devem esquecer que não existe internacionalização sem humanização. O verdadeiro diferencial está em conectar culturas, negociar com sensibilidade e liderar com adaptabilidade. Na crise, quem apenas corta custos perde relevância, e quem investe em pessoas e estratégias ganha o futuro", ressalta Alexandrine Brami.

Para saber mais, basta acessar o site do Lingopass: https://www.lingopass.com.br/

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