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Bolsonaristas não se entendem e viram presa fácil em MS

O grupo de lideranças que muitos definem como “bolsonarista raiz” deve enfrentar dificuldade em mais uma eleição em Mato Grosso do Sul

16/09/2025 às 09h08
Por: Tribuna Popular Fonte: Investiga MS
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A tendência é de que repitam as frustrações das últimas eleições no Estado, sem candidatura do que eles classificam como de direita.

Embora apostem na força do grupo em Mato Grosso do Sul, principalmente pela influência de Jair Bolsonaro, as lideranças bolsonaristas não conseguem chegar a um consenso sobre nomes, o que impede articulação e dificulta o surgimento de um candidato do grupo, principalmente, ao governo. 

O grupo bolsonarista considerado “mais radical” defende uma aliança entre eles, mas este sonho deve ser adiado novamente pelos diversos desentendimentos entre as lideranças. Capitão Contar,  João Henrique Catan e Marcos Pollon, por exemplo, concordam com candidaturas de direita ao Governo e Senado, mas não têm a melhor das relações. 

Catan é próximo a Contar, uma das poucas relações preservadas no grupo bolsonarista, mas têm dificuldade para montar uma aliança. Hoje, Contar é filiado ao inexpressivo PRTB, o que dificulta uma dobradinha. Para isso, teriam que se filiar a um partido com mínima estrutura de televisão e dinheiro de campanha. Catan chegou a ser citado, durante reunião com Bolsonaro, como provável candidato, caso Reinaldo não cumprisse a promessa de se filiar ao PL. Bolsonaro não deu muita ideia e, com a confirmação de Reinaldo, ignorou a possibilidade. 

A situação de Pollon é ainda pior, porque ele não tem relação mais próxima com nenhuma das lideranças com mandato no grupo. Ele e  Rodolfo Nogueira (PL), por exemplo, que nunca foram melhores amigos, hoje pouco se falam, o que dificulta uma parceria.

Hoje, Contar afirma que será candidato ao Senado e Pollon diz que prefere o Governo mas também não descarta o Senado. A dupla poderia se unir e concorrer, mas até o momento não esqueceram picuinhas formadas antes da eleição do ano passado, onde, no fim, ninguém conseguiu emplacar candidatura. Pollon convidou Contar para se filiar ao PL, mas não chegaram a um acordo e após várias reuniões com Bolsonaro, cada hora de uma parte do grupo, a relação ficou estremecida.

No ano passado, Bolsonaro chegou a se irritar com a quantidade de visitas que recebia do grupo de Mato Grosso do Sul, geralmente para falar sobre brigas internas. A confusão contribuiu para ele tomar a decisão de entregar de vez o comando para Reinaldo e Riedel, proibindo inclusive as lideranças de falarem sobre candidatura própria.

Histórico de frustrações 

Em 2022, Capitão Contar (PRTB) lançou candidatura ao Governo do Estado e chegou ao segundo turno após declaração de voto de Jair Bolsonaro (PL) durante debate presidencial. Bolsonaro não apoiou Contar oficialmente, mas esta declaração foi capaz de levá-lo ao segundo turno, contra Eduardo Riedel.

Em 2024, a história também não teve desfecho feliz. Contar, João Henrique Catan (PL), Marcos Pollon (PL), Coronel David (PL), Rafael Tavares (PL) e Tenente Portela (PL) lançaram nomes para disputa em Campo Grande, mas foram barrados por Bolsonaro, que preferiu apoiar Beto Pereira (PSDB), em troca de uma aliança com Reinaldo Azambuja (PSDB) e Riedel.

A parceria fracassou na eleição em Campo Grande, onde Beto nem chegou ao segundo turno. Porém, a aliança se manteve para a próxima eleição, quando Reinaldo Azambuja se filiará e assumirá o comando do PL em Mato Grosso do Sul.

Pollon e Catan chegaram a declarar que são contrários e defenderam candidatura própria, mas foram ignorados por lideranças nacionais, que apostaram no pragmatismo, diante do poder do PSDB, que venceu três eleições seguidas para o Governo de Mato Grosso do Sul.

Reinaldo ainda não assumiu o comando do partido, mas já começou a conversar com lideranças bolsonaristas, mesmo com desconfiança. Ele, inclusive, citou Pollon como possível candidato ao Senado, a depender de pesquisa. Além disso, convidou Contar para o ato de filiação e não descartou diálogo, afirmando que o foco é combater “o adversário, Lula”. 

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